segunda-feira, 30 de novembro de 2009

tocaia - de maringoni

Apaixonado por aviação e observador da vida na cidade, o jornalista e quadrinista Gilberto Maringoni mistura temáticas em Tocaia, lançamento que reúne quatorze histórias produzidas entre 1989 e 2002. Bem humoradas ou aventureiras, as histórias de Maringoni são cheias de personagens curiosos, com diferentes estilos e trajetórias de vida. às vezes, faz de si mesmo o protagonista de suas histórias.

No conto que dá nome ao livro, um matador de aluguel espera o momento de entrar em ação, enquanto conversa com o leitor. Prepara-se para o ataque, em um quarto de hotel. Segue para o local combinado, sem sucesso.

Na história Gente como a gente, uma um rapaz sofre com o trânsito na Av. São João, em São Paulo, numa narrativa bem humorada. Ele seria mais um em meio a todos os paulistanos, não fosse pelo elevado Minhocão que passa exatamente dentro de sua sala de estar. Enquanto assiste TV, conversa com motoristas, ajuda na troca de pneus e irrita-se com o caos paulistano, que termina quando a Companhia de Tráfego fecha a passagem.

Com fantasia ou não, a cidade de São Paulo é também personagem em algumas tramas. Nos capítulos finais, Longa Jornada Eu ADentro e Avoadoras, reservam detalhadas histórias autobiográficas e sobre aviação.
sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Marcel Gautherot



Em 1939, quando chegou ao Brasil pela primeira vez, o parisiense Marcelo Gautherot presenciou daqui o estouro da Segunda Guerra Mundial. Então radicado no Brasil, deu início a uma série de viagens onde fotografou paisagens e cenas cotidianas do norte e nordeste brasileiro.



Permaneceu no País até sua morte, no Rio de Janeiro, em 1996. Parte do resultado dessas e outras imagens produzidas durante as décadas posteriores em que viveu no Brasil estão presentes na mostra Marcel Gautherot – Norte, realizada pelo Instituto Moreira Salles, mantenedor de todo seu acervo, com mais de 25 mil imagens.



Sob curadoria de Miltom Hatoum e Samuel Titan Jr., a exposição reúne toda uma produção voltada para a Amazônia, onde os personagens são pescadores ou boiadeiros e paisagens são típicas casas de madeira a margem de rios. Em imagens em preto e branco, o fotógrafo abandona o olhar europeu e penetra na paisagem brasileira, de maneira aventureira e sensível. O MIS lança ainda livro homônimo que reúne 72 fotografias e texto dos curadores.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009

cidadão boilesen



Vencedor da 14ª edição do Festival de Documentários É Tudo Verdade, Cidadão Boilesen, de Chaim Litewski, gira em torno de um tema propositalmente quase esquecido, a participação de grandes empresários no financiamento das ações do exército durante a ditadura. O principal deles, e figura central deste longa, foi Henning Albert Boilesen, dinamarquês naturalizado brasileiro, presidente da Ultragáz na década de 1960.

No longa-metragem, Litewski aborda o tema de maneira interessante, com trilha sonora animada e edição moderna, que ajudam a suavizar o conteúdo. Resultado de pesquisa extensa, a trajetória de Boilesen é contada desde a infância, com a ajuda de arquivos escolares municipais, que revelavam, desde cedo, uma personalidade dúbia. Conhecido por amigos como pessoa bem humorada, um líder nato, Boilesen por vezes era cruel e frio, um sádico. Chegou ao Brasil pobre, mas rapidamente, e por méritos próprios, se tornou presidente de uma das maiores companhias da época. Freqüentava colunas sociais, adorava grandes bailes, caipirinhas e mulatas.

Anticomunista, teria sido responsável e maior entusiasta da “caixinha” que circulava entre os empresários brasileiros – sobretudo paulistanos – que deveria financiar a Operação Bandeirante, organizada pelo exército. Boilesen teria participado pessoalmente de sessões de tortura, sendo responsável por trazer ao País um aparelho de choques elétricos mais moderno, tempos depois conhecido como Pianola Boilesen.

Por meio de depoimentos bastante diferenciados, Cidadão Boilesen traça um perfil do empresário até sua morte, em 1971, quando fora encurralado e executado por militantes da ANL e MRT em uma rua próxima a Avenida Paulista, em São Paulo. Carlos Eugênio Paz, líder da ação e um dos poucos sobreviventes do grupo, fala com detalhes sobre o dia da morte do empresário. O depoimento de ex-militares, políticos, religiosos, guerrilheiros, amigos e parentes estão mesclados a cenas de ficção de longas como Pra frente Brasil, de Roberto Farias e Lamarca, de Sérgio Rezende. A narrativa por vezes deixa escapar, sutilmente, um quê de ironia, resultado da fala descuidada de alguns entrevistados.
terça-feira, 24 de novembro de 2009

polícia, adjetivo



O policial Cristi vive de observar um grupo de adolescentes que saem da escola e se encontram para fumar haxixe. De longe, caminha lentamente, persegue bitucas de cigarro que os garotos deixam para trás, procura alguma prova de que ali estejam mais do que usuários.

O longa-metragem romeno Polícia, Adjetivo, de Corneliu Porumboiu, trata de tédio, voyeurismo e instituições hierárquicas, onde o funcionário é obrigado a cumprir papéis indesejáveis. É o caso de Cristi, interpretado por Dragos Bucur, que discorda de prender em flagrante os jovens maconheiros. As entediantes perseguições, que são boa parte do filme, ajudam o espectador a perceber um também entediante estilo de vida, onde a personagem não tem voz.

A cena que dá título ao longa, e a que vale toda espera, é de humor sutil e inteligente. Intrigado com a ordem de prisão dos adolescentes, Cristi se reúne com o chefe de polícia. Este, munido com dicionário, quer ensinar ao subordinado o real sentido das palavras consciência e polícia.
quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O poder da míni

A história o leitor já conhece. Geisy Arruda, 20 anos, a loira do vestido curto da Universidade Bandeirante (Uniban), é notícia desde 22 de outubro, quando teve de sair do campus da faculdade escoltada pela polícia, sob xingamentos e vaias dos colegas. Imagens gravadas pelo celular e difundidas pela internet tornaram Geisy o centro das atenções, assunto dos mais comentados no Twitter, tema de música de axé no YouTube, além de notícia constante em incansáveis jornais, sites e programas de tevê. Está, inclusive, na mira da Playboy. “Deu no New York Times”, diria Jorge Ben. E deu também no Guardian, do Reino Unido, no americano Examiner e no Pakistan News. Este último, de fato intrigado, devido à fama dos microbiquínis brasileiros. Geisy tornou-se uma espécie de Maria Madalena moderna. Os puros que atirem a primeira pedra.

Expulsa e reintegrada à universidade em menos de 48 horas, Geisy motivou protestos por parte de militâncias feministas e estudantis. Um deles, realizado em frente à instituição na segunda-feira 9, reuniu associações de amparo à mulher, cujas representantes, de microfone em punho em cima do trio elétrico, gritavam sem sucesso. Dos manifestantes presentes, muitas mulheres, donas de casa, senhoras e alguns garotos. Raros eram os alunos da Uniban. A maioria dos estudantes na proximidade do protesto, em parte protegida pelas grades, mantinha o discurso agressivo, vaiando e repetindo a postura vista contra Geisy no dia 22.

Estudantes da Uniban, hoje preocupados com a imagem que terão num futuro próximo, participam do protesto de maneira bairrista, sem parecer entender a discussão sugerida pela turma do trio elétrico. Maria Fernanda Marcelino, militante da Marcha Mundial das Mulheres, é uma delas. “Queríamos abrir um debate sobre como deveriam refletir e não deixar propagar um tipo de comportamento que para a sociedade é muito danoso.” Segundo Maria Fernanda, a decisão de expulsar a garota de vestido curto remete a um senso comum que justifica a violência contra a mulher. Como se a culpa por uma agressão, independentemente de suas circunstâncias, fosse sempre da agredida. “Acredito que a Uniban tenha dado um recado péssimo, do tipo ‘homens continuem agredindo mulheres, a responsabilidade é sua’”, diz a integrante da ONG Sempreviva Organização Feminista. A militante diz ter tido apoio de alunas que temem expressá-lo por temerem ser prejudicadas de alguma forma. “Quando depreciamos a faculdade, questionamos o futuro dessas pessoas.”

Apesar de presente em grande número, a maioria das alunas mulheres não parece se preocupar com a discussão de direitos feministas. Querem, assim como o restante dos alunos, enxovalhar a garota do vestido rosa. Como se o caso de Geisy tivesse se transformado numa enorme rede de intrigas e fofocas, onde não só a universidade mas o País inteiro pudesse opinar. Não foram poucos os xingamentos ouvidos durante a manifestação, em que estava presente Letícia Quinello, aluna de Pedagogia. “Só a gente viu essa menina levantando o vestido e mostrando a bunda com a calcinha pra fora. Essa ideia de sensacionalismo só leva a crer que o brasileiro é burro”, diz a aluna de 27 anos, trajada com terninho e saia reta na altura dos joelhos. A amiga de curso, Letícia Longuinho, de 19 anos, conta que Geisy mandava beijos, mostrava os seios e posava para fotos antes e durante a confusão. “Muitas meninas vêm de saia curta, não vamos ser hipócritas. Mas é maneira de se comportar? Se fosse eu, mesmo de saia curta, não ia me portar como celebridade, mas como alguém que quer respeito.”

Depois de reintegrar a aluna, a Uniban decidiu transferir a turma de Geisy para outro prédio do campus, mais afastado. Em entrevista coletiva, Ellis Brown, vice-reitor, ofereceu apoio e segurança necessários à volta da garota, que não frequenta as aulas desde o ocorrido. Na manifestação da segunda, Pedro Lessi, um dos advogados de Geisy, gritava a plenos pulmões em cima do trio elétrico que faria de tudo para fechar a Uniban, que “não dá tratamento digno ao ser humano”. Esta imagem rendeu à universidade o apelido de Unitaleban, em referência à milícia extremista islâmica.

O advogado defendia firmemente a segurança da mulher. Ao avistar a apresentadora Sabrina Sato, que gravava matéria para o programa humorístico Pânico na TV, debochou dos alunos que não teriam coragem de censurar o vestido da famosa. “Seus covardes”, gritava. “Isso afeta a Constituição Federal, a lei foi rasgada. Geisy foi vítima da ardilosidade de homens totalmente despreparados para a sociedade. E esses diretores que voltaram atrás na decisão da expulsão não têm caráter nem personalidade. Deveriam ser banidos do ensino no Brasil”, disse um pouco depois à CartaCapital.

Quietas em um dos cantos da manifestação, as estudantes de Moda Stephanie Gusmão e Zan, de 21 e 27 anos, estavam atentas aos discursos, sem achar necessária a euforia do momento. “A mulher lutou muitos anos pela liberdade a favor da minissaia e agora a ‘mina’ vem assim e é tratada como lixo? Sou a favor da liberdade, cada um anda como quer e se não concorda, venha diferente”, diz Zan. Pacíficas e bem-humoradas, sugerem uma manifestação de impacto. Que tal, a favor da liberdade, todas retirarem suas mínis do armário?
terça-feira, 17 de novembro de 2009

é tudo mais ou menos verdade

Nova compilação de Allan Sieber traz narrativas inspiradas na vida real

É tudo mais ou menos verdade
Ed. Desiderata, 128 págs, R$ 49,90

Para grandes cartunistas, a verdade é mais interessante que a ficção. Se aproveitada de maneira correta, a narrativa de um fato banal pode tornar-se interessante, engraçada, à maneira de Robert Crumb e Harvey Pekar. Inspirado por esses, e outros, o gaúcho Allan Sieber olha em volta em busca de observações cotidianas que o fazem refletir sobre uma boa história. Sarcástico e inteligente, o humor de Sieber zomba conosco, aproveita as brechas sujas e incoerentes da sociedade para nos fazer rir. É, acima de tudo, atento a detalhes, às piadas prontas. Em seu novo livro, É tudo mais ou menos verdade, reúne histórias mais longas que as usuais tiras, algumas inéditas outras encomendadas e publicadas por diversos veículos. “Os pequenos detalhes bobos, quando contados de maneira interessante, se tornam interessante”, disse em conversa por telefone.

“Jornalismo investigativo, tendencioso e ficcional de Allan Sieber” é o subtítulo que entrega ao leitor o tom das narrativas. Mais como um observador, o cartunista vai cobrir eventos como o Fashion Rio, onde observa o backstage de desfiles, penetra em festas fashionistas e conta piadas que ninguém entende. Também no Rio de Janeiro, cidade onde mora hoje, acompanha um tour pela favela, feita para turistas. No grupo, argentinos irritantes e uma guia turística sem noção. Foi no Rio também, que Sieber descobriu o paradeiro de Adolfo Hitler, o Seu Dodô, morador do bairro do Leblon, fã das rodas de samba da Lapa.

“As pessoas tendem a achar que as histórias são muito exageradas, mas 90 por cento das coisas aconteceram. Mas sempre há pequenas omissões”, diz Sieber. Na série Memórias Alheias, cria pequenas histórias inspiradas por casos impensáveis de amigos, ou inimigos. “É uma motivação poder me vingar dessa maneira”, diz sobre os últimos. “Sei de pessoas que se reconheceram nas histórias, mas nunca me falaram nada e não tive nenhum tipo de problema”.

Sieber é fruto de uma geração criativa, ao lado de outros bons cartunistas e amigos como Arnaldo Branco e André Dahmer. Ao contrário dos dois, porém, não gosta de passar horas no Twitter e sabe, muito mal, atualizar seu blog, onde posta com certa freqüência. “É uma ferramenta genial, mas ainda acho estranho. Parece que as pessoas perderam a divisão entre o publico e o privado”, diz o cartunista que tem como personagem principal ele próprio.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009

haicai

De origem japonesa, a forma poética haicai consiste originalmente em três pequenos versos, de cinco, sete e cinco silabas. Muito difundido em seu país de origem, pouco foi estudado no Brasil, mas não por isso deixou de ser representado por grandes nomes da literatura de língua portuguesa.

Adaptado ou seguido à risca, o haicai brasileiro está reunido na compilação Boa Companhia, Haicai, organizado por Rodolfo Witzig Guttilla, que há mais de 25 anos estuda o estilo.


Inspirados, Oswald de Andrade e Carlos Drummond de Andrade relatam cenas curtas e bem humoradas. Monteiro Lobato, o primeiro a aderir ao estilo, em 1906, prefere a forma clássica e faz versos sobre a natureza. Erico Verissmo, Paulo Leminsk, Luis Aranha, Millôr Fernandes e outros também estão na reunião
quinta-feira, 12 de novembro de 2009

carlos vergara e a dimensão gráfica


Adepto a experimentações, o gaúcho Carlos Vergara produziu extenso acervo onde se mostra interessado em trabalhar além da pintura. Criando sobreposições em telas, fotografias ou instalações, consegue migrar de suportes sem perder a forte presença de grafismos e cores.


Os grafismos são parte essencial da produção deste aluno de Iberê Camargo e inspiração para a mostra Carlos Vergara – A Dimensão Gráfica, que o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro recebe a partir do dia 12. Um conjunto de mais de 200 peças demonstra a linguagem do artista em monotipias, gravuras, desenhos, fotografias, telas e instalações, realizadas desde os anos 1960 até hoje.


Algumas peças retiradas do acervo do próprio curador e colecionador Georges Kornis. “Vergara não é somente um pintor. Uma fotografia pode se desenvolver em serigrafia, que por sua vez poderá se tornar uma pintura. Esta é sua grande alquimia”, diz Kornis, que optou por separar a mostra em quatro núcleos de observação, organizados em torno de temas diversos.
terça-feira, 10 de novembro de 2009

brecheret indígena


Lembrado essencialmente por obras de teor clássico ou romântico, o ítalo brasileiro Victor Brecheret também criou esculturas inspiradas em nos regionalismos nacionais, embora estas não sejam responsáveis pela fama do artista. Em terracota, madeira e pedra Brecheret deu forma a figuras indígenas que remetem ao primitivismo e a deuses antepassados.

Parte da vontade de abrasileirar sua produção teria vindo do amigo Mário de Andrade, que o aconselhou a estudar tribos indígenas. Criadas nesta fase, 24 esculturas e 23 desenhos com artes pictográficos estão reunidas na mostra A Arte Indígena de Vitor Brecheret, inaugurada na Caixa Cultural São Paulo, em cartaz até janeiro de 2010. Entre as peças, três grandes pedras que juntas narram a história de uma índia e um peixe, aliando escultura e gravura em uma só obra. Brecheret teria achado as três pedras à beira de uma praia do nordeste brasileiro e arrastado-as até a areia.

Nos desenhos, imagens que lembram escrituras antigas, como inscrições feitas na em ocas ou cavernas. Em exposição a obras Índio e a Suaçuapara, premiada como melhor escultura nacional na 1ª Bienal de Arte de São Paulo, em 1951.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009

a elegância de woody allen



Há quem ame e quem odeie o quê caricatural que consagrou o humorista, diretor e roteirista Woody Allen. Em muitos de seus mais de 40 longas-metragens, ele criou e interpretou o mesmo personagem, muitos dizem, o dele próprio. Controverso, neurótico, criativo crítico da sociedade americana, Allen é mestre da comédia, ao mesmo tempo em que flerta com o suspense e os dramas, quase sempre envoltos em desequilibradas tramas conjugais.

Desde 1966, produz praticamente um filme por ano. Quarenta dessas produções estão na mostra A Elegância de Woody Allen, apresentada pelo Centro Cultural Banco do Brasil, do Rio, entre os dias 3 e 29 de novembro. A vasta programação, que se estende ao CCBB de São Paulo a partir do dia 18, é um prato cheio aos fãs do cineasta, além de constituir excelente porta de entrada aos menos familiarizados com o estilo do autor. Entre as projeções, todas exibidas em película, está o novo longa do diretor, Tudo Pode Dar Certo, previsto para lançamento no Brasil somente ano que vem.

Há também marcos iniciais da carreira de Allen, como seu primeiro longa O Que Há, Tigresa?, de 1966, além de Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977), Tudo o Que Você Sempre Quis Saber Sobre Sexo Mas Tinha Medo de Perguntar (1972) e Manhattan (1979). Realizações da recente “fase europeia” do diretor, como Match Point (2005) e Vicky Cristina Barcelona (2008), também serão exibidos, mas o que faz a mostra ser ainda mais atrativa são aqueles que complementam a filmografia de Allen.

Meetin’ WA (1986), de Jean-Luc Godard, reconta a história do cineasta americano, lançado no mesmo ano de Hannah e Suas Irmãs, enquanto Wild Man Blues (1997) acompanha uma turnê de Allen e sua banda de jazz. Ainda hoje, a Eddie Davis New Orleans Jazz Band reúne-se às segundas-férias no Café Carlyle, em Manhattan, com Allen nos clarinetes. A mostra apresenta também longas nos quais não teve participação na produção ou direção, mas atuou em papéis de destaque como Company Man (2000), de Perter Askin e Douglas McGrath e Rei Lear (1987), de Godard.