segunda-feira, 21 de julho de 2008

o brasil que taunay enxergou


Para comemorar os 200 anos da chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil, a Pinacoteca recebe a mostra Nicolas-Antoine Taunay: Uma Leitura dos Trópicos, que reúne cerca de 70 obras do artista. Membro da chamada Missão Francesa, que aportou no Brasil em 1816, Taunay se tornou especialista em captar as paisagens do Rio de Janeiro, o contrário do que fazia eu companheiro de viagem, Jean Baptiste Debret, focado nos costumes nacionais.

O artista, que começou a pintar aos 13 anos, tinha 60 quando chegou às terras tupiniquins. A vasta experiência lhe dava certa liberdade de criação, seja na escolha da paleta de cores (muito mais européia do que tropical), seja na criação de novos elementos paisagísticos. O resultado, é a síntese da mistura entre a visão de Taunay e a realidade da época. Apaixonado pelo país, o francês adquiriu um terreno no bairro da Tijuca, no Rio, e ajudou a fundar a Academia de Belas Artes da cidade.

Na exposição, além das pinturas brasileiras, o público conhecerá toda a trajetória profissional do francês. Auto-retratos, a fase inicial de paisagens européias e a produção especialmente realizada para a corte de Napoelão Bonaparte também estão reunidas na Pinacoteca. Com curadoria da historiadora Lilia Schawarcz, a exposição fica em cartaz até o simbólico dia 7 de setembro.

Lá em cima, a tela Vista do Pão de Açúcar a partir do terraço de Sir Henry Chamberlain (1816-1821)

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