sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

arctic monkeys at the apollo


Assim como tantas outras, a banda inglesa Arctic Monkeys despontou na internet em 2004 e ganhou o mundo com rapidez. Mas a carreira dos garotos de Sheffield continua em ascensão. Depois de dois álbuns de estúdio, lançados em 2006 e 2007, a banda alcançou os cinemas. O curioso Arctic Monkeys at the Apollo ficou pouco tempo em cartaz no Brasil, mas chega agora ao país em DVD. Mais do que um registro de um grande show, o filme funciona como um retrato de quatro jovens que parecem estar, por acaso, tocando suas músicas em cima de um palco.

O clima está longe de ser intimista, mas é essa a impressão. Isso porque o expectador não enxerga o público, exceto em raras ocasiões onde a câmera é localizada atrás palco, as luzes se acendem e é possível ver uma multidão de Manchester, dançando ao som de hits da banda. O olhar do diretor Richard Ayoade se faz presente em lentas movimentações de câmera que contrastam com o ritmo acelerado de canções como I Bet You Look Good on the Dance Floor, Brianstorm ou Fluorescent Adolescent.

O concerto é bem parecido com o que os brasileiros presenciaram no Tim Festival, em 2007. Exceto pelo fato de que, estando em casa, Alex Turner e sua turma se tornam mais simpáticos. Entre uma canção e outra, o vocalista, reconhecidamente tímido e pouco falante, arrisca até algumas piadas.

Hot site aqui.
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

notórios cubos de weissmann


Há cinqüenta anos, Frans Weissmann (1911 – 2005) participava da primeira Exposição de arte neoconcreta no Brasil, ao lado de Amílcar de Castro, Lígia Clark e outros. Na época o entusiasmo era embalado pelo Manifesto Neoconcretista, publicado por Fereirra Gullar no Jornal do Brasil, em 1959. O escultor, nascido na Áustria e trazido pequeno ao País, foi pioneiro ao trabalhar com formas geométricas vazadas e notório por dar forma a esculturas lineares em bronze, argila ou fios de aço.


Desde a quinta-feira 11, o Instituto Tomie Othake, em São Paulo, recebe a mostra Frans Weissmann – Anos 50: Experimentação e Lirismo, uma reunião de 11 peças daquela época, ao lado de outras três confeccionadas nos anos 00. O curador Marcus de Lontra Costa acredita que a mesmo a longa diferença de tempo entre as criações não afeta o estilo do escultor. Ao contrário, as peças novas seriam um misto de reciclagem e ampliação da idéias de Weissmann. “Há cinqüenta anos, ele lançou as bases do pensamento estético nacional. Agora, o visitante terá contato direto com uma produção de grande valor histórico e estruturadora de importantes questões presentes na ação contemporânea”, explica Costa. A mostra fica em cartaz até fevereiro de 2009.
foto: Coluna concreta nº 1,1952 - 1972,Aço pintado preto 180 X 32 X 32 cm
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

os últimos redutos



Entre os morros Corcovado e Dois Irmãos, numa Rio de Janeiro de outrora, o príncipe regente encanta-se com um terreno onde funcionava um antigo engenho de açúcar, próximo à Lagoa Rodrigo de Freitas. Foi ali, que Dom João VI manda criar o Jardim de Aclimatação, um ano após a chegada da família Real ao Brasil. Duzentos anos depois, o hoje conhecido Jardim Botânico do Rio de Janeiro, comemora a data lançando Árvores Notáveis (Andrea Jakobsson, 300 págs, R$ 220), livro que narra brevemente a história do lugar e chama a atenção por catalogar, com belas aquarelas, não só as famosas palmeiras-imperiais, mas inúmeras espécies de árvores, plantas e flores identificadas no jardim.

Por meio da riqueza de detalhes das imagens, os ilustradores Paulo Ormindo e Malena Barretto, mostram ao leitor, leigo ou não, minúcias que passam despercebidas mesmo pelo visitante mais atento. “As ilustrações botânicas são recortes da natureza que nos dão a entender infinitas formas e cores, trazendo à tona aquele que está fora do nosso alcance , camuflado nas matas e florestas”, diz Ormindo, na apresentação do volume, do qual também é organizador.

No perfil de cada planta, e também nas páginas finais, um guia ajuda o leitor a identificar o lugar em que cada uma se encontra no jardim, que é aberto a visitação pública desde 1819. Naquela época, porém, ainda fazia-se necessário o acompanhamento de um guarda imperial durante o passeio. Àrvores Notáveis funciona como uma contribuição à pesquisa e a história, mesmo papel desenvolvido por grandes jardins em diferentes partes do mundo.

Os espaços botânicos não tratam apenas de biodiversidade e preservação, mas também, de beleza e misticismo. Sobre isso, a Editora Senac lança Do Éden ao Éden (324 págs, R$ 80), de Gil Felippe e Lílian Penteado Zaidan. Juntos, os autores (ele, botânico e ela, bióloga) fazem um estudo sobre diversos jardins históricos, como os de Pisa, Pádua, Amsterdã e Copenhague. Começando com os mitológicos Éden e os Suspensos da Babilônia, o livro narra também a história dos primeiros jardins asiáticos até chegar à modernidade de espaços como os de Nova York. Apresentando o volume, o biólogo e pesquisador Oswaldo Fidalgo faz uma conclusão enfática. “Nesse mundo em transformação com a elevação da temperatura, a poluição e suas conseqüências, espécimes vegetais que caminham para a extinção talvez encontrem nos jardins botânicos seu último reduto, seu alento final”, diz.

Foto: Portal do Tempo (fundos do Portal das Belas Artes)
Antonio Semeraro Rito Cardoso / Jardim Botânico do Rio de Janeiro
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

explode mas não cai


Alguém aí afim de fortes emoções? A franquia européia Carga Explosiva sempre levou aos cinemas o que os apreciadores de um bom filme de ação procuram. Alta velocidade em carrões importados, algumas cenas de pancadaria, um protagonista carismático, porém durão, e uma linda mulher para distraí-lo durante uma importante missão. Na terceira seqüência da série, que estreiou na sexta-feira 12, o cardápio não é diferente. O filme agrada, porém, ao não exagerar nos absurdos efeitos especiais concebidos em Hollywood.
Jason Statham assume novamente o papel de Frank Martin, um refinado entregador de mercadorias suspeitas, ora mocinho, ora bandido. Desta vez carrega uma importante e sedutora moeda de troca, que o faz quebrar suas rígidas regras. O francês Luc Besson (diretor de O quinto elemento e Joana D’Arc) é responsável pela produção e roteiro, mas deixa a direção a cargo de Olivier Megaton.
O ator principal é especialista em artes marciais, o que faz com que as cenas de luta sejam especialmente bem feitas. Atenção, meninas! (que provavelmente acompanharão os namorados ao cinema)
Já viram um "striptease marcial"? =)
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

fds cheio

Aproveitando a sexta-feira, vamos falar de programas de fim de semana?

Amanhã a tarde, a Nike Sportswear inaugura a sua primeira loja no Brasil. A marca foi criada em agosto desse ano e é focada na cultura street (que a gente tanto gosta). Fiquei muito feliz de saber que ela chega fora do circuito Oscar Freire. O lugar é a gostosa Praça Omaguás, em Pinheiros. Durante a inauguração nesse sábado, vão acontecer alguns shows bem bacanas de rock e hip hop durante toda a tarde. E a loja ainda vai promover workshops, cursos e exposições. É só ficar atento ao site. Ainda dá pra dar um passeio, com livros e cafés, na Fnac. Ótimo programa, só torcer pro sol raiar!

E no domingão, lá na discreta entrada da Rua Augusta, o Sarajevo promove o Sacolão de Domingo. A festa diurna tem início às 14h e receberá, além dos usuais DJ’s, exposições fotográficas, curtas-metragens e esquetes de teatro durante toda a tarde. Destaque para Otis Trio, grupo paulista de jazz experimental e para o workshop realizado pelo coletivo Arac, especialista na cultura sticker. E o melhor... 1 real pra entrar! Programação completa aqui.

Até semana que vem!
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

kings of leon @ DC



Quero falar pra vcs do show do Kings of Leon que assisti em Washington DC. Tudo bem que hoje faz exatamente um mês (foi no dia 10 de novembro), mas ainda acho válido, já que se trata mais de emoções do que de qualquer outra coisa, certo?

Pois bem, tinha assistido aos caras num longínquo 2005, numa época em que o Tim Festival ainda era confiável e acessível. E acho que seria impossível revê-los aqui no Brasil da mesma forma. Em três anos, muita coisa mudou e a banda evoluiu. Naquela época, lembrem-se, eles abriam para o Strokes (oi? quem?). Conversando com um gringo na porta do show e comentando sobre a primeira vez que os assisti, ele prontamente me respondeu: "Nossa, mas naquela época eles nem eram famosos!". Pois é. Pode ser que pra ele não. Pode ser que para os Estados Unidos não.

O lugar do show não poderia ser melhor. Pequeno, bem organizado e com uma ótima acústica, o Constitution Hall, no centro da cidade, fica ao lado dos monumentos, museus e memoriais famosos de DC. Naquele dia 10, 3,700 pessoas (capacidade máxima e ideal do lugar) tinham seus lugares prontamente reservados. Reservado era também o público. Eitcha, povinho desanimado! Pode até ser que eu estivesse empolgada demais (especialmente depois de algumas Bud Lights - rs), mas era engraçado ver que a galera só se animava, de verdade, durante os solos!

Depois de umas horas de espera, com duas bandas de abertura (ai, esqueci os nomes, nem eram tão boas), eles entraram no palco com Closer, boa faixa que abre também o último cd, Only by The Night. O set list inteiro, acreditem, foi impecável. E fiquei feliz de ver uma mescla bem feita de todos os quatro cds. Crawl, My Party, Molly's Chambers, Sex on Fire, Use Somebody, On Call, Slow Night, So Long. Uma atrás da outra. Por duas horas. Sem fôlego. Demais!

E o bis foi especial. Caleb voltou sozinho ao palco escuro, iluminado só por um spotzinho amarelo. Começaram os acordes da primeira parte de Knocked Up, que é pra mim uma das músicas mais fueda deles. Depois, para completar os sete minutos de música, Jared, Nathan e Matthew voltam ao palco, iluminado novamente, e foi emocionante. Pra fechar a noite, Manhattan, Charmer e Black Thumbnail. Quer mais alguma coisa?

Set completo:
Closer, Crawl, My Party, Razz, Molly's Chambers, Taper, Jean Girl, King of The Rodeo, Sex On Fire, Fans, Revelry, Milk, Four Kicks, The Bucket, McFearless, Use Somebody, On Call, Cold Desert, Slow Night, So Long. BIS: Knocked Up, Manhattan, Charmer, Black Thumbnail.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

back in the hood


Genteeemmm
Depois de uma breve viagem com muita diversão e frio, alguns dias de chuva na praia, inúmeros pedidos, enxurradas de e-mails, incessantes alertas de msn e um digníssimo comentário do roteirista Hiroshi Maeda, o blog volta a ativa!! (eeeee)

Já era pra eu ter feito isso há um tempo, mas confesso que fiquei com um pouco de preguiça durante as férias e resolvi aposentar este ilustre espaço por tempo indeterminado. Mas isso são águas passadas! A partir dessa semana, quero falar aqui de algumas coisas bacanas que vi lá fora(show do kings of leon em DC, algumas exposições em NY...), continuar com o conteúdo "agenda" fornecido aqui e publicado originalmente em CartaCapital, além de comentar sobre aquelas bobagens legais que a gente vê por aí e quer dividir com alguém.


Portanto, como diria o Lombardi... Aguardeeeemmmm!

bjos!
foto: google