quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

vergonha



Na madrugada de hoje foram roubados do Museu de Arte de São Paulo "O Retrato de Suzanne Bloch", de Picasso (1904), e "O Lavrador de Café", de Portinari (1934).

O primeiro, avaliado em cerca de 90 milhões de reais, apesar de não fazer parte da fase cubista de Picasso é considerado uma de suas obras mais importantes. Pertence à chamada Fase Azul do artista, marcada pelo predomínio da cor e composta de poucos exemplares.

Já o lavrador de Portinari é avaliado em cerca de R$ 10 milhões, de importância inegável para o legado artistíco brasileiro, como todo o acervo do modernista paulista.

O que choca é saber que um museu com o porte do Masp não possui nenhum tipo de segurança contra roubos. Suas câmeras de segurança não funcionam dentro das salas, apenas no vão livre e outras partes de fora do prédio. Lá também não existia um alarme na hora do crime. A ação durou 3 minutos e os ladrões entraram no museu usando um pé de cabra e um macaco. Desses que a gente usa pra levantar o carro... sabe?
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

eles estavam errados

Senhor de cabelos arrepiados e grisalhos, um tanto excêntrico, Albert Einstein se firmou no imaginário coletivo como um dos maiores gênios da história.

O físico alemão e sua teoria dispensam apresentações e ainda hoje, assim como muitas outras mentes brilhantes, intrigam estudiosos e curiosos. Suas vidas parecem ser povoadas de fatos curiosos que os tornam pessoas tão ou mais interessantes quando sua própria genialidade - lembram de John Nash?

Mais um exemplar dedicado à Einstein chega às livrarias para aumentar a lista de opções para o Natal. Em Einstein – Sua Vida, Seu Universo (Cia das Letras, 656 págs, R$ 64) o autor e jornalsita Walter Isaacson vai além da biografia, relatando a personalidade do gênio que aprendeu a conhecer quando estudou um extenso legado de cartas escritas a amigos e familiares.

Através das citações de Einstein, é possível perceber uma pessoa humilde, avessa à autoridades, capaz de formular equações e teorias inteiras mentalmente. Dificilmente ele usava uma folha de papel durante essas divagações.

Mudo nos primeiros anos de vida, foi rejeitado pela família por ter dificuldade de aprender a falar. Alguns chegaram a achar que ele era retardado. Outros o apelidaram de "der Depperte", o estúpido. Felizmente e para o bem da humanidade, eles não tinham razão.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

persépolis


Marjane Satrapi era bisneta de um antigo rei da Pérsia. Fora criada em uma família moderna e politizada, estudava em escolas francesas no Irã. Aos dez anos de idade começou a viver em um turbilhão. Observou de perto a revolução islâmica, acompanhou a chegada dos extremistas ao poder. Foi obrigada a usar o véu, a se separar dos meninos na escola, a parar de ouvir as bandas que gostava, para mais tarde vivenciar a guerra de perto.

Esse enredo é o começo da grafic novel autobiográfica Persépolis (Cia. das Letras), escrita originalmente em francês. Nos quatro volumes que compõem a série, Marjane narra o começo da revolução ainda na infância, sua adolescência fora do país e a volta à terra natal quando já adulta. A narrativa tocante foi a maneira que Marjane encontrou para explicar a seus amigos estrangeiros como era sua vida antes da ida à Europa.

Best-seller, virou filme. A adaptação (já premiadíssima) de sua história para o cinema teve uma breve passagem por aqui na Mostra de São Paulo desse ano. Mas chega às telas brasileiras oficialmente ano que vem. O trailer acima (clique na imagem para ir ao YouTube) mostra as principais passagens, incluindo uma cena divertida de espanto com um botton do Michael Jackson. Já na figura ao lado (clique para ampliar), uma das passagens tristes, quando ela descobre que sua vizinha foi vítima de um ataque.

A história é fantástica, sua relação com a vida, a família e a coragem de não abandonar seus costumes fazem dessa narrativa um passatempo delicioso, daquelas que não dá vontade de parar de ler.

p.s.- cada volume em português custa em média 30 reais, mas a Cia das Letras lançou há pouco tempo uma compilação com os 4 volumes juntos por R$ 39. Ótimo, né?
terça-feira, 11 de dezembro de 2007

eles estão de volta


Mal virou o dia e já estão no YouTube alguns momentos do lendário show de reunião do Led Zeppelin, que aconteceu ontem a noite, em Londres. É incrível perceber, que mesmo de tão longe, de tanto tempo e graças à tecnologia, a energia é arrepiante!

Fuçando, dá pra achar alguns momentos bacanas, tipo o que parece ser a abertura do show com Good Times, Bad Times; e as clássicas Since I've Been Loving You e Stairway to Heaven.

Respectivamente:

http://www.youtube.com/watch?v=rsHcUwtw5H0&NR=1

http://www.youtube.com/watch?v=EunajGvY8-Q

http://www.youtube.com/watch?v=3G_JTMuHOQk

update:

Na caixa de comentários, o Tiago colocou mais um link com um trecho de Black Dog, divulgado oficialmente. tks!
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

elas estão de volta



Pra quem já estava morrendo de curiosidade e de saudades - como eu - já está na net o trailer oficial do Sex & The City Movie.

Há alguns meses começaram as especulações sobre o que vai acontecer na aparição final das quatro amigas mais amadas do mundo fashionista! Fotos dos sets de filmagem já mostraram Charlotte com seus inseparáveis cães e Carry vestida de noiva, em um modelito duvidoso para a personagem que virou ícone de elegância e estilo.

Isso mesmo, noiva! Será que finalmente Mr. Big tomou uma decisão? Carry vai casar? E Miranda? Chalotte vai ter filhos? Ai, que vontade de ver tudo! Mas por enquanto, só especulações. Foram três meses de filmagem e a estréia nos EUA está prevista para maio.
Sem data para chegar ao Brasil, mas um lançamento mundial em grande estilo não seria nada mal!
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

o crédito é dele


Michel Gondry ataca novamente! "Declare Indenpence" é a nova parceria do diretor com a islandesa Björk.

Se eu citar só algumas coisas como "Around the world", "The Hardest Button to Button", "Everlong" e "Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças" acho que não preciso dizer mais nada, né?

Alguém me explica como ele consegue???



(eu não sei colocar o video aqui, então cliquem nas imagens para ver o clipe e o making of no YouTube)
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

a coleção continua



Todos conhecem o Tintim, certo? O jornalista aventureiro, criado pelo belga Hergé em 1929, é sem dúvida um dos personagens mais queridos do mundo.

Eu adoro desde criança e tenho alguns livros da série de viagens dele ao redor do mundo. Aventuras na Europa, no Egito, no Tibete, sempre acompanhado pelo cachorro Milú e o rabugento Capitão Haddock, os atrapalhados gêmeos Dupont e Dupond e o doido de pedra professor Girassol.

A novidade boa é que essa coleção de livros está aumentando. A editora Cia. das Letras acaba de lançar mais três exemplares, totalizando 15 de 24, entre eles os super requisitados episódios da viagem à lua! Uhú!

As edições de As Aventuras de Tintim "Rumo à Lua", "Explorando a Lua" e "O Caso do Girassol" já estão nas livrarias por, em média, R$ 34,50 cada. No site da editora dá pra ler a sinopse de cada um, mas acho que nem é preciso, né?
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

persona grata


Cigarros, óculos escuros, chapéu. Máquina de escrever, meias brancas, whisky com gelo. Fala mansa, mole, caipira. Conversíveis, jogos, drogas. Marijuana, LSD, cogumelos. Las Vegas, Kentucky, Old Farm. Revólveres, Johnny Deep, Nixon, Bush. Mint Juleps...

Através de coisas como essas é possível desvendar um pouco (que seja) sobre Hunter Thompson, o self-made jornalista gonzo, amado por muitos, odiado por tantos outros. Volta e meia ele vira assunto desse blog, mas alego o motivo: além de ter um certo fascínio por sua figura (dediquei uma monografia a ele), tenho reparado que, de certa maneira, ele virou mania nos últimos meses.

Além de estar direto em revistas, as prateleiras das livrarias não param de receber novas (ou melhor, únicas) traduções de sua obra. A editora Conrad já lançou boa parte da sua coleção, incluindo o embrião do estilo Gonzo Hells Angels: Medo e Delírio Sobre Duas Rodas. Há uns meses lançou sua obra máxima Medo e Delírio em Las Vegas, extinto das livrarias brasileiras desde a década de 70 (!). Esse foi tema de um post por aqui também.

Esse mês é a vez de Reino do Medo - Segredos Abomináveis de um Filho Desventurado nos Dias Finais do Século Americano, lançado pela Cia. das Letras. Esse livro talvez seja um dos mais interessantes de Thompson por retratar o que havia por trás do trabalho e das loucuras desse personagem tão interessante. Ele era sim um personagem, persona 24 horas por dia.

E como tudo que ele fez, autobiogáfico. É uma mistura de diário com recortes de artigos, entrevistas, fotos. Uma compilação do que era o gonzo life style de Thompson, ora lúcido ora alucinado. Foi publicado originalmente nos EUA em 2003, dois anos antes de suicidar-se.

Uma maneira de dizer adeus? De tentar explicar o que ele fazia? Ou o que o movia? Talvez não. Ele provavelmente não gostaria dessa definição!
quinta-feira, 29 de novembro de 2007

fofo!



Bom, não é a maior das novidades, mas como apreciadora das boas histórias de amor, vou postar! rs

Imaginem a cena:

Uma garota está numa péssima semana. Daquelas ruins mesmo... seu apartamento pegou fogo, ela perdeu um monte coisas, coitada. Aí ela está no metrô, mais ou menos às nove da noite, escrevendo no seu diário, super distraída, sem perceber que estava sendo observada.

Quem a observava era um cara normal, um garoto que simplesmente alucinou, apaixonou, enlouqueceu quando viu a mina e na hora soube que ela era a mulher da vida dele! (Afff!) Mas o problema é que a porta do metrô abriu, ela foi embora e... e agora? nunca mais?

Ainda bem que existe gente criativa nesse mundo, ?? Não é que o garoto resolveu criar um site e mobilizar um monte de gente pra achar a garota dos sonhos dele?! E não é que conseguiu??? haha... essa história é mto boa, parece até filme e do jeito que as coisas andam pode virar mesmo filme, livro, qquer coisa.. rs

Ah, é fofo, vai!

O canal de Tv americano ABC News resolveu contar a história dos dois, mas parece que eles ainda estão só se conhecendo, são apenas bons amigos..


quarta-feira, 28 de novembro de 2007

on strike!


A greve dos roteiristas de cinema e Tv nos Estados Unidos parece que não vai terminar tão cedo. E a nossa espera pela quarta temporada de LOST? Vcs sabiam que a próxima temporada pode ter apenas 8 espisódios, ao invés dos 16? Ai, ai, e as tantas outras séries que amamos e somos viciados?


E porque eles não voltam ao trabalho? Bom, pra quem não entendeu ainda, a motivação dessa greve é a mesma de todas as outras que existem mundo a fora: money, of course!


Os roteiristas estão reclamando que não recebem pelo seu trabalho que é exibido na internet, assim como não recebem também pelos dvds. Bom, nada mais justo, né? Mas enquanto não passa o alvoroço, entra em cena o bom e velho videoclipe! No link abaixo, dá pra assistir um monte de estrelas fingindo que estão indignadas protestando!

Que fome na África, que nada!
Grissom, tô contigo e não abro!
sábado, 24 de novembro de 2007

freud explica?


Alison Bechdel, jovem criada no interior dos Estados Unidos, estava acostumada a lidar com a morte. Filha de herdeiros de uma casa funerária carinhosamente chamada Fun Home, desde cedo brincava com os irmãos entre caixões. Mas o falecimento do pai fez com que Alison adquirisse uma nova visão sobre sua trajetória. O problema não era a morte, mas a vida. Não a sua, mas a do pai.

Fun Home – Uma Tragicomédia em Família (Conrad, 240 págs., R$ 42,90) é uma linda HQ autobiográfica, na qual uma mulher, que desde cedo se descobriu homossexual, relata a visão de uma infância e adolescência ao lado de um homem que nunca saiu do armário.

A descoberta do segredo do pai não é exatamente um choque, mas a explicação para as coisas que ela não entendia na infância. O relato sobre a relação rígida e pouco carinhosa entre pai e filha é detalhista, às vezes amargurado. A figura materna e os irmãos pouco são citados, mas a autora lhes agradece por permitirem que ela exponha a complicada trama familiar.

Ganhador de vários prêmios, inclusive o Eisner, considerado o Oscar da categoria, Fun Home não deve passar batido na onda de quadrinhos autobiográficos.

A editora Conrad, que é especialista em achar e publicar os melhores quadrinhos mundiais, deixa à disposição no site um trecho da história.

http://www.lojaconrad.com.br/trecho/funhome_p1.asp

sem pé nem cabeça



Para alguns, Planeta Diário era o nome do jornal onde o Superman, disfarçado de Clark Kent, e Louis Lane trabalhavam. Mas esse também era, propositalmente, o nome do humorístico mensal comandado por Reinaldo, Hubert e Cláudio Paiva na década de 80.

Filho rebelde do Pasquim, antecessor do programa de TV Casseta & Planeta, o jornal fez fama com as manchetes inusitadas, fotonovelas, conselhos do Buda, sempre com humor politicamente incorreto. A editora Desiderata lança, este mês, O Planeta Diário – O melhor do maior jornal do planeta (348 págs., R$ 69), uma antologia com o melhor do jornal entre 1984 e 1992.

Para não restarem dúvidas, os autores anunciam nas páginas iniciais: “Todas as notícias, comentários e depoimentos publicados neste jornal são rigorosamente falsos. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência”. É bom avisar, né? Vai que tem gente que acredita que o Nelson Ned é o novo menudo... rs
quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Are You Experienced?


Sua carreira foi meteórica. Em basicamente quatro anos estourou, embasbacou multidões, fez da guitarra sua amante. Solos únicos e psicodélicos projetaram-no como um dos maiores músicos do século 20, influenciando tantos outros, de Miles Davis a Steve Vai. Não sabia ler nem escrever música. Um auto ditada. Gênio.


Nasceu Johnny Allen Hendrix, foi renomeado pelo pai James Marshall, iniciou a carreira como Jimmy James, enfim virou Jimi Hendrix. Tantas trocas de nomes, talvez uma das características de uma vida multifacetada. Emoção e depressão. Oficial do exército contra a guerra. Metido em processos, fascinado por drogas, morreu tão rapidamente quanto emergiu ao estrelato.

Os 28 longos anos de vida de Hendrix são esmiuçados em nova biografia, lançada agora em novembro no Brasil pela editora Zahar.


Escrita por Sharon Lawrence, amiga com quem costumava desabafar, a biografia Jimi Hendrix - A dramática história de uma lenda do rock é íntima.
segunda-feira, 12 de novembro de 2007

bye bye norman



da Folha de S. Paulo:

"Mailer morreu anteontem, aos 84 anos, em decorrência de problemas pulmonares e renais.Gay Talese, representante do primeiro time do chamado "novo jornalismo" junto com Mailer, elogiou a iniciativa e a versatilidade do colega. "Ele nunca achou que as fronteiras estavam fechadas. Era uma pessoa corajosa, totalmente confiante, com grande senso de otimismo", afirmou."

arco-íris sem cor


Sempre tive a impressão de não entender muito bem o Radiohead. Bem, agora acho que isso não é uma impressão, mas sim um fato!

Ouvindo as dez faixas do novo In Raibows - lançado na internet dia 10 de outubro, pelo preço que o internauta quisesse pagar, lembram? - continuei sem saber se gosto ou não e sem conseguir sacar qual é a desse som.

De qualquer maneira, o novo trabalho difere um pouco da visão que a maioria das pessoas tem do Radiohead - uma banda deprê formada por tipos estranhos. A faixa de abertura 15 Step impressiona de cara pela levada eletrônica e por vezes bluesística em um marcante e repetitivo som de guitarra que guia a música (quase) do começo ao (quase) fim.

Os vocais tristes de Thom Yorke, tão característicos da banda, voltam na terceira e bonita faixa, Nude, e também em All I Need. Em Faust Arp sussuros são ouvidos junto aos violinos. Na minha lista entram o single Jigsaw Falling Into Place (a melhor, eu diria) e Weird Fishes.

A polêmica do Pague Quanto Quiser proferida pela banda no site oficial, balançou e espumou a boca da poderosa EMI ao mesmo tempo que fez a alegria dos fãs. Embora a iniciativa seja louvável e digna de ser copiada por outras majors bands, sabe-se que menos de 40% dos internautas resolveram efetivamente colocar a mão no bolso. Ou seja, BitTorrent, eMule e Kazaa dão na mesma, certo?

Eu acho que não...

http://www.inraibows.com/
quinta-feira, 8 de novembro de 2007

infartei!



Alguém me segura que eu tô sem ar!

Sou apaixonada por vespas e carros antigos e tive, com T maiúsculo, que postar isso.

A GAP e a Vespa se juntaram pra fazer essa coisa linda, esse modelo LX50, versão limitada 2007, totalmente meu número!! rs

Não é um sonho de consumo???

O modelitcho sai por U$ 5,999 e tem mais informações no site da GAP:

http://www.gap.com/browse/home.do?cid=38615
terça-feira, 6 de novembro de 2007

conexão brasil/frança



Diretamente do velho continente, lá da cidade luz, vem o Chachaça's Podcast:




A mistura do balanço brasileiro com o charme francês gerou o Cachaça's Connexion. Uma radio online especializada em música brasileira de primeiríssima qualidade, uma mistura de vertentes do soul ao eletrônico, mixadas em sequência deliciosa.

Pra ouvir no trampo (tipo eu agora), em casa, bebendo, dançando, curtindo, relaxando... eeee, vida boa...

Aguardente com sotaque francês?? A-do-rei!

Aprecie sem moderação!
segunda-feira, 29 de outubro de 2007

cansaço + curtição - parte II



A grande expectativa da noite era sem dúvida em cima dos garotos do Arctic Monkeys.

Sempre li que o show dos caras era fantástico, maior vibração. Cheguei a ver uns vídeos, achei demais a empolgação da galera em cima da banda de sucesso meteórico.

Mas o show que começou já na madrugada de segunda parecia não ferver tanto. Os garotos estavam apáticos e antipáticos, mesmo enquanto a plateia vinha abaixo com hits como "i bet that you look good on the dance floor", "fake tales of san franciso" e "dancing shoes".

Reclamavam do calor, mal falavam com o público, no máximo agradeciam e murmuravam algumas coisas em inglês, que ninguém entendia nada. Na verdade, pareciam não estar nem aí para a galera ou para o show. O que vimos foi um play no cd, uma sequência de acordes tocados com automatização, uma apresentação fria, porém de qualidade. Adorei terem tocado "do me a favour", achei que ficaria fora do set. A musica mais pedida pela plateia, "Mardy Bum", ficou de fora. Pena, também queria ouvi-la. Mas "fluorent adolescent" e "brianstorm" também estavam lá, claro.

Talvez seja ótimo assisti-los em algum club londrino, com poucas pessoas em ambiente esfumaçado e pequeno. Quando vi o set list do Tim Festival, cheguei a me perguntar porque o Arctic tocaria antes do Killers. Afinal, eles não são o hit do momento?

A resposta é nítida e clara quando os vemos no palco. Eles são ótimos, jovens e... inexperientes.

E a discrepância é ainda maior quando Brandon Flowers e sua banda sobem ao palco, às 4 horas da manhã!! Ninguém trabalha na segunda, não? Sei que falei que não iria comentar dos atrasos, mas porra, 3 horas de atraso é um pouco demais, né?

Enfim, The Killers é uma performance à parte. O palco demorou uma hora pra ser montado. Luzes de natal, letreiros de neon, flores flores e mais flores, caixotes de madeira, banner gigante e iluminado. A cada música um elemento novo era inserido, quase sempre vasos com flores e árvores. A decoração kitsch era meio las vegas, meio ãhn, como posso dizer...funeral?

Eles abriram o show da mesma maneira que abrem o último cd, Sam's Town. Hits atrás de hits, "somedoby told me", "jeny was a friend of mine", "when you were young"... depois de uma maratona de espera, os corpos já não aguentavam pular, mas mesmo assim, a banda conseguia transmitir energia ao público, que retribuía.

Flowers regia a platéia, dançava energicamente e foi solidário ao dizer que haviam planejado um bis, mas resolveram tocar tudo de uma vez por já estar tão tarde. Às 5 da manhã, muita gente já ia embora e o show durou apenas mais alguns minutos.

Eu fui uma delas. Fui embora ouvindo a última música ao longe, já não aguentava ficar em pé.

O Tim Festival de 2007 foi uma mistura interessante e teria sido muito mais agradável se tivesse começado mais cedo, sem perigo de perder a hora pra trabalhar na segunda feira.

A organização vacilou, os atrasos foram exaustivos, o bar da área vip não tinha nem mais água quando o último show começou. Mas enfim, entre erros e acertos, valeu!

Sacou o efeito vegas/funeal do palco?

No maior estilo "Too cool for you"
No VIP, até água faltou!

cansaço + curtição imagens


Björk miando


Björk sujou o anhembi inteiro com seus confetes e serpentinas


Juliette causando


Eu tive a leve impressão de que tava rolando um clima entre esses dois...

cansaço + curtição


Hot Chip


Björk

Não sei nem por onde começar a comentar o Tim Festival...


Na arena skol, no anhembi, cerca de 20 mil pessoas se amontoaram, e mais do que tudo, cansaram! Eita coisinha demorada!

Cheguei lá por volta das 8 da noite, imaginando (ingenuamente) que às nove, conforme programado, Björk subiria ao palco.

Ao invés disso, nesse horário os ingleses do Hot Chip, com aquelas caras de nerds, conseguiram animar um pouco com a mistura eletrônico/rock. Adorei o hit "over and over" (pelo jeito, todo mundo conhecia, menos eu - rs) e em geral o som é bem bacana e os cinco moleques bem animados. Seria um ótimo set list pra uma super balada de sábado a noite, por exemplo.

A partir daí começou a tortura... A montagem do palco da Björk durou mais de uma hora, entre bandeirolas, televisão, canhão de confete, afff, de tudo um pouco! Até a queridíssima pisar no palco, haja paciência, mas quando pisou foi lindo para os olhos. Repito: para os olhos!

Particulamente, não gosto do som da Björk... Tudo bem, podem me chamar de ignorante mas aquilo me parece uma bad trip contínua, a agonia em forma de som. Enfim, ela estava linda, de vestido mega bufante e colorido, acompanhada por uma mini orquestra de sopros feminina, todas com um figurino maravilhoso.

Abrindo com "earth intruders", o single do novo cd Volta, até achei que ela ia me convencer a assistir tudo, mas sinto muito, fui me deitar depois da terceira música. A parte visual é tudo que eu consegui observar nesse show que dizem ter sido "fantástico", "ovacionado"... bom, eu passo.

Acho que nem vou comentar os atrasos seguintes... redundância, né?

Portanto, direto ao assunto, o que eu diria ter sido o momento delícia da noite...rs...

Juliette Lewis e a banda the Licks são ótimos no que eles se propõe a fazer: rock básico, meio dançante, de curtição. O legal do Licks é perceber que estão ali muito mais por curtir a sensação do palco, querer ter o calor do público (ela perguntava: do you reeeeally love the licks? rs), do que qualquer outra coisa. Ela é linda, sexy e charmosa. Se joga no chão, deita, pula, lambe o peito do guitarrista, enfim, super performática. Eles também são uma graça, sem cerimônias, tiram a camisa e curtem a vibe da festa (diferente dos arctic monkeys que reclamaram do calor, mas isso eu falo depois...)

Os hits "hot kiss", "death of a whore", "sticky honey" foram os mais bem recebidos pelo público. Juliette se acabou, mandou beijo pra todo mundo, mandou o povo beijar quem estava ao lado, enfim, só festa, curtição, um rock bem basicão e divertido.

Acho que nem vou comentar os atrasos seguintes... redundância, né? rs

Depois falo dos mais esperados da noite, Arctic Monkeys e The Killers...

ah, o show do Licks acabou a uma da manhã, mais ou menos....

esse era o horário previsto pra entrada do Killers... já viu, né?



Linda!
sexta-feira, 26 de outubro de 2007

guia da mostra

Minha empolgação com a Mostra de Cinema de São Paulo é sempre a mesma. Morro de vontade de ver tudo, mas acabo não vendo nada.


De qualquer modo, deixo aqui a dica do blog No Escurinho da Mostra, escrito pela Ana Paula Sousa, minha vizinha de mesa e editora de cultura de CartaCapital.

Só entrar e conferir as dicas dela (que sempre são ótimas!)


O endereço tá aí: http://blog.cartacapital.com.br/index.php?blog=2


O cara do cartaz não é a cara do Babenco?? Em época de lançamento do filme dele o povo dá uma dessa? Pegou mal...
quinta-feira, 25 de outubro de 2007

martin page - o retorno


Jovem e premiado produtor de cinema, de reconhecido talento, Elias Carnel tinha como grande trunfo a ascensão profissional e a admiração dos colegas de trabalho, sem nunca se gabar disso.


Mas a bem-sucedida trajetória é interrompida quando tem um projeto vetado. Tratava-se de um filme na savana africana dirigido pelo cultuado e excêntrico diretor, e até então amigo, Martial Caldeira.


Ao mesmo tempo, a alcoólatra Clarisse, por quem Carnel é apaixonado e devotado, o abandona sem explicações. O enredo do romance A gente se acostuma com o fim do mundo (Ed. Rocco, 224 págs, R$ 29), do francês Martin Page, é recheado de altos e baixos do protagonista.


Ele se divide entre os prazeres e as amarguras da vida, procurando entender como essa relação bipolar com o mundo marca tão fortemente seu caminho. Elias Carnel às vezes se assemelha a Antoine, protagonista do primeiro romance de Page, o best-seller Como me Tornei Estúpido, uma deliciosa sátira sobre o mundo moderno e a saga pela vitória e o consumismo.


A vida de ambos é tragicômica e por vezes depressiva. Mas as semelhanças param por aí. O que se repete no novo romance é a leveza da escrita de Page, assim como o bom humor e o amor por Paris. Em alguns trechos, nos vemos caminhando ao lado de Carnel, à beira do rio Sena.
Tudo bem que ele não é um exemplar de beleza masculina, mas nem por isso deixamos de dar crédito, né? O cara é bão...
quinta-feira, 18 de outubro de 2007

bye bye deborah kerr


Morreu a Deborah Kerr... confesso que não conhecia mto o trabalho dela, mas resolvi postar...


Ela não era lindíssima?


Agora sim, a um passo da eternidade...

quero ver tudo!

O Tim Festival tá chegando, né? Aêêêê

O segundo semestre do ano é reconhecido e esperado por conter no calendário um recheio especial de shows e festivais de música. Seguindo o costume, o Tim Festival 2007 chega reformulado à quinta edição, que acontece entre os dias 25 e 31 de outubro.

As quatro cidades que recebem o festival, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Vitória, terão, ao todo, 39 atrações nacionais e internacionais, algumas delas com os ingressos já esgotados.

O repertório, como tem sempre acontecido, é variado. Os americanos The Killers, Antony and The Johnsons, banda encabeçada pelo cantor e pianista andrógino Antony Hegarty, os ingleses Hot Chip e Arctic Monkeys, são alguns dos nomes mais aguardados pelos fãs de pop/rock.

O festival não deixa de lado os jazzistas, entre eles Cecil Taylor e Conrad Herwig. As músicas eletrônica e independente também estarão lá.

O que chama a atenção na edição deste ano é a forte presença feminina no festival. À misteriosa Cat Power e à islandesa Bjork se juntam Juliette Lewis, a atriz que tem trocado os sets de filmagem pelos palcos e viajado o mundo com a banda Juliett and The Licks (adoooro!), a paulistana Cibelle e a canadense Feist.

A programação, completa no site http://www.timfestival.com.br/, é irresistível para quem gosta de boa música, seja em que vertente for.

Depois do dia 28, conto como foi minha experiência lá da ala VIP.. rs...



"I love you Mallory"...

cuba em são paulo



A casa noturna Azucar, na zona Sul de São Paulo, é conhecida por reunir o melhor da cultura cubana na capital paulista. Nunca fui, vcs já?
Entre salsa, charutos e mojitos há espaço também para a arte. Pela segunda vez, a casa inaugura uma exposição com imagens do fotógrafo cubano Alberto Korda, dessa vez, em ensaio inédito.
A parceria entre o fotógrafo e a casa noturna surgiu em 2000 quando Korda concordou em expor parte de seu acervo sobre a revolução cubana, desde que não houvesse fins lucrativos.
Ele bebeu, dançou (espertinho) e mais uma vez concordou com um ensaio, esse nas ruas de São Paulo com belas modelos brasileiras.
A exposição Korda Inédito trás apenas seis imagens, que são complementadas pelo making of clicado por Marcelo Barabani.
Mas se vc ñ quiser dançar salsa, nem fumar charuto, nem tomar mojito, pode entrar nesse link e ver todas as imagens lá... rs


mujeres calientes
quarta-feira, 10 de outubro de 2007

E=Mc² e mais



Sidney Harris é um cartunista americano que resolveu passar a vida inteira tirando sarro da ciência. E acredite, não só consegue como faz isso há mais de trinta anos!

A luta diária de físicos, cientistas e biólogos e a maneira como nós, simples mortais, lidamos com a matemática e a tecnologia são a base de seus desenhos e charges, que só agora são lançados no Brasil.

A editora Unesp está publicando A Ciência Ri - O Melhor de Sidney Harris (245 págs, R$ 38 reais) que é uma compilação geral, com parte das mais bem sucedidas edições norte-americanas.

Ele tira um sarro de tudo e de todos no mundo das ciências. Robert Bunsen (por causa do famoso Bico de Bunsen - que na verdade é a única coisa que os leigos associam ao químico), Albert Einstein, Leonardo Da Vinci (que acorda no meio da noite e não consegue nem ler a própria escrita ao contrário) entre outros.

Há algumas charges que de tão bobas provocam o riso, como uma dos insetos que provocam: “Finja-se de morto. Temos de fazer com que eles pensem que seus novos inseticidas funcionam!”. (haha! mto bom)
terça-feira, 9 de outubro de 2007

o meu CANSEI

gente, será que agora podemos parar de falar do tropa de elite?

bocejando igual o wagner moura na coletiva de imprensa...
terça-feira, 2 de outubro de 2007

as flores do mal



Posso falar do Marilyn Manson de novo??


Pois bem, nessa curta passagem do ex-anticristo (não é?) pelo Brasil, além dos shows ele trouxe também uma série de obras de arte pra fazer uma exposição, que fica em São Paulo por mais duas semanas.


O lugar não poderia ser mais pop: a galeria do Romero Britto, na rua Oscar Freire. O nome da exposição não poderia ser mais Manson: As flores do mal. (nome também do quadro que abre esse post)






Sinceramente, sempre fui fã das obras dele. Passei, aliás, a admirá-lo muito mais depois que vi suas pinturas. A mistura de tinta aquarela (quase sempre escorrida, aguada) com acrílica fazem de muitas pinturas de Manson uma expressão de dor, uma visão de sofrimento. Por outro lado, as cores vivas dão um ar leve, e sexy, a muitas telas.



Enfim, é a antítese. é o paradoxo. é tão Marilyn. e ao mesmo tempo tão Manson.






A exposição peca, talvez, por trazer poucas obras. A galeria do Romero é grande, o espaço poderia ter sido melhor aproveitado. E os preços, então? O mais baratinho é R$8,500, os mais caros estão na faixa de 30, 40, 50 mil. Tá bom pra vocês?


As obras nessa página estão todas na exposição, mas no site oficial tem outras mais belas.
(www.marilynmanson.com/art)




De cima pra baixo:

Les Fleurs du Mal (aquarela)
Aliester (acrílico e aquarela)
When I get Old (aquarela)
Night - da série Days of our Lives (aquarela)