sexta-feira, 31 de outubro de 2008

uhuuuu

Gentem!

Vou curtir umas férias e já volto, tá??
Mas vou tentar não abandonar o blog. Portanto, aguardem dicas culturais de outros ares!

uhuuuu!
quarta-feira, 29 de outubro de 2008

grafitti em galeria (de novo)

Nunca

Esta semana abriu na Galeria Bergamin a exposição Contra o Verso, que reúne obras de oito street artists brasileiros.

Lá estão painéis, colagens, fotos e esculturas de Bruno9Li, Flavio Samelo, Flip, Herbert Baglioni, Nunca, Onesto, Sesper e Tinho, sob curadoria de Carmo Marchetti. Conheci alguns desses artistas em Porto Alegre, quando fui visitar a Transfer, uma mega exposição de grafitti no Santander Cultural da capital gaúcha*. Até reencontrei o Tinho na própria Galeria Bergamin, quando eles estavam montando a exposição há um mês.

Demorou pra irmos lá prestigiar a galera do street art nacional que, cada vez mais, está dominando as galerias. Não só do Brasil, como do mundo! Vide a fachada da Tate, em Londres. Do mesmo jeito que acho bacana a iniciativa das galerias em elevar a arte de rua a um patamar, digamos, mais sério, também acho que eles fazem isso com um pouco de atraso. Ao meu ver, parece que esses galeristas estão começando a descobrir uma linguagem que há anos está nas ruas. Lugares em que passamos todos os dias estão recheados de arte, feitos por bons artistas, muitas vezes anônimos. Portanto, fiquem atentos por aí, mas também não deixem de prestigiar as galerias que abrem espaço pra essa galera!

* Já falamos da Transfer aqui, aqui e aqui.
Bruno9Li
Flip
segunda-feira, 27 de outubro de 2008

nova arte nova

Mariana Palma
Sem titulo – 2007
Óleo sobre tela
250 x 100 e 250 x 150 cm

É difícil caracterizar o período artístico em que vivemos, mas sobram novos e jovens artistas buscando dar forma um estilo fresco. Bom lugar para a difusão de idéias são as mostras coletivas que reúnem, em um só lugar, pintura, fotografia, vídeos e performances. A mais recente delas é Nova Arte Nova, realizada pelo Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, que reúne nada menos que 57 artistas, de 14 estados brasileiros.

A idéia é apostar na diversificação, trazendo ao visitante um panorama do que está sendo montado Brasil por artistas na faixa dos 30 anos. A fotografia embaralhada do baiano Gaio Matos ou o óleo moderno e detalhista da paulista Marina Palma convivem com a instalação sonora da carioca Lívia Moura. O curador Paulo Venâncio Filho acredita que tamanha variedade possa identificar uma geração. “São artistas que absorvem e reagem às variadas direções artísticas globais, mas formados com uma consciência critica de sua história. A diversidade pode, efetivamente, ser apreciada como um panorama coerente e esclarecedor”, diz.

Aproveitando para debater sobre o papel da arte contemporânea, o CCBB recebe as palestras das estrangeiras Ann Gallagher, curadora da Tate Modern (amanhã - 28 de outubro), e Briony Fer, professora da UCLA (06 de novembro).
Gaio Matos
Da série duplos – 2008
Impressão fotográfica
165cm x 50 cm
Renda - 20062008 (obra em processo continuo)
Plasticos do consumo cotidiano costurados na maquina de costura.
Maquina de costura e cd player com som de maquina costurando.
sexta-feira, 24 de outubro de 2008

um clássico


Ai, já to vendo o tamanho da fila de sneakerheadz querendo comprar o Nike AIR MAX 90. Esse modelo foi lançado na década de 90 e virou febre. Todo mundo queria o tênis com os detalhes pink-chiclete que virou um clássico! Aqui no Brasil era ainda mais difícil, já que o tinha que ser importado. Agora, a Nike relança com exclusividade nas terras tupiniquins o modelo Air Max 90 Infrared, igual o original da década passada. O modelo chega nas lojas amanhã e, se alguém pensa em adquirir, corra! São só 42 pares disponíveis em três lojas de São Paulo (Doc Dog Sneakers, na Maze e na Grapixo). Eu diria que vale as 350 pilas!
quinta-feira, 23 de outubro de 2008

wonder woman

Adoro quando a gente consegue juntar várias coisas que gostamos numa só. E foi por isso que eu amei o projeto da estilista Diane Von Furstenberg, que une quadrinhos e moda! Diane desenhou uma mini-coleção inspirada na Mulher Maravilha e, para acompanhar, lançou a HQ Be The Wonder Woman You Can Be: The Adventures of Diva, Viva and Fifa.

Tudo bem que eu não li e todos concordamos que Diva, Viva e Fifa são péssimos nomes de personagens, mas achei bacana a intenção de inspirar a mulherada a ser suas próprias heroínas, de preferência usando um daqueles vestidos lindos! Loosho! A história é escrita pela própria Diane, ilustrada por Konstantin Kakanias e lançada em parceira com a DC Comics. Está a venda por tempo limitado no site, por $25 doletas, e a renda é revestida pra uma ONG chamada Vital Voices, que ajuda na educação de mulheres em todo mundo.
Mais Wonder Woman by DVF
segunda-feira, 20 de outubro de 2008

karim rashid e a beleza

Sofá Spline (2003)

Para o designer egípcio Karim Rashid o que importa é a beleza. “Acredito que poderíamos estar vivendo em um mundo onde exista de fato contemporaneidade inspiradora em objetos e espaços”, ele diz em seu karimanifesto, publicado em seu site oficial. A beleza, porém, não é apenas decorativa. Famoso por criar objetos que além de bonitos, são úteis, Rashid já desenhou os mais diversos utilitários, de cabides à porta-guarda-chuvas, além de mobiliários e luminárias. Na moda, já criou frascos de perfumas para Kenzo e camisetas para Lacoste, além de ter firmado parceria com a brasileira Grendene. O sapato de plástico Melissa High ganhou proporções gigantes e virou instalação à porta da Galeria Melissa, em São Paulo.
Também na capital paulista, o instituto Tomie Ohtake apresenta a primeira mostra do designer no Brasil. A partir de 23 de outubro, Karim Rashid – Arte e Design num Mundo Global apresenta cerca de 60 obras, entre objetos e mobiliários, vindos do acervo do museu alemão Die Neue Sammlung, em Munique, sob curadoria de Albrecht Bangert. "Espero que as pessoas se libertem da nstalgia. Se é da natureza humana viver de passado, para mudar o mundo é preciso mudar a natureza humana", completa o artista em seu manifesto.
Melissa High
Vaso Ego (2003)
sexta-feira, 17 de outubro de 2008

álvaro siza em dupla homenagem


Às margens do rio Guaíba, em Porto Alegre, Álvaro Siza trouxe o Guggenheim para o Brasil. Ou quase isso. Ispirado pelo museu de Nova York, o renomado arquiteto português, hoje com 75 anos, projetou os mínimos detalhes da nova sede da Fundação Iberê Camargo, na capital gaúcha. Não só as belas linhas e curvas horizontais que moldam o prédio ou os corredores labirínticos, e quase claustrofóbicos, que ligam as grandes salas de exposição. Siza projetou ali os móveis de escritório e as placas de sinalização. Acreditem, as lixeiras e os porta-canetas também.

Primor que o fez levar pra casa o Leão de Ouro, na 8ª Bienal de Arquitetura de Veneza, em 2002. Com a sede inaugurada, desde maio deste ano, seu criador recebe dupla homenagem. Em parceria com a instituição, a editora Cosacnaify lança Fundação Iberê Camargo – Álvaro Siza (192 págs, R$ 85), uma compilação sobre a história do projeto, do papel à realização, com fotografias, plantas e textos, organizados por Flávio Kiefer. “A inauguração da sede é um desses acontecimentos em que o prazer e a emoção de desfrutar duas obras primas conjugadas – a pintura de Iberê Camargo e a arquitetura de Álvaro Siza – encobrem a lembrança de que há muito pouco tempo Porto Alegre vivia uma realidade completamente diferente”, diz o organizador, na apresentação do volume.

Enquanto isso, em São Paulo, o arquiteto é tema da exposição Modern Redux, em cartaz desde a quinta-feira 16, no Instituto Tomie Ohtake. Sob curadoria de Jorge Figueira, a mostra enfoca as mais recentes produções de Siza e apresenta 12 importantes projetos por meio de maquetes, desenhos e fotos.

Interior da Fundação, em Porto Alegre. (Foto: Leonardo Finotti)

terça-feira, 14 de outubro de 2008

n' roll - nova opção nas bancas

O revista em quadrinhos N’Roll (Ed. Rodie Crew, R$ 3,90) chegou este mês às bancas do Brasil com uma diferente proposta temática. Tentando aliar a imagem à música, a série não possui personagens ou enredo fixo, mas sim, narra histórias baseadas em letras de canções conhecidas pelo público que aprecia rock, em especial o heavy metal.

Produzida por brasileiros, a revista será distribuída mundialmente em três idiomas (português, inglês e alemão). Na primeira edição, a arte de Wagner Nogueira dá vida ao roteiro de Gustavo Fiali, idealizador do projeto e ex-integrante da equipe de Maurício de Souza. Time to be Free, canção do primeiro álbum solo de André Matos (ex-vocalista das bandas Angra e Shaman), é o mote para o desenvolvimento do personagem central, um jovem que busca se libertar de íntimos demônios.

No final, uma pequena entrevista com André Matos e sua opinião sobre a interpretação da canção. Na próxima edição, é a vez de Nightwish, com Amaranth. Achei uma idéia bem original e que poderia ser estendida para outros estilos! Fiquei pensando em várias letras que seriam super legais de serem adaptadas. O que acham? Sugestões?
segunda-feira, 13 de outubro de 2008

toc toc


Em meados de agosto, o incêndio que atingiu o Teatro Cultura Artística, em São Paulo,
interrompeu a temporada do espetáculo Toc Toc, do francês Laurent Baffie. Quase dois meses depois, a montagem dirigida por Alexandre Reinecke volta aos palcos, desta vez no Teatro Gazeta, com cenário e figurinos restaurados.

Em uma sala de espera de um consultório médico, seis pacientes (Angela Barros, Flavia Garrafa, Márcia Cabrita, Marat Descartes, Riba Carlovich e Sergio Guizé) aguardam a chegada do famoso doutor Stern, muito recomendado para o tratamento de TOC, o Transtorno Obsessivo Compulsivo. A comédia se desenvolve a medida que o tempo de espera pelo tal doutor aumenta. Ansiosos, os pacientes começam a expor particularidades da doença, que atinge cada um deles de maneira diferente, como mania de limpeza, obsessão por cálculos ou simetrias.

Enquanto a assistente do médico (Carô Parra) anuncia mais algumas horas de atraso, o grupo busca alternativas para matar o tempo. Um jogo de tabuleiro e a análise em grupo fazem com que os pacientes sintam-se a vontade para debater sobre seus problemas. Toc Toc foi sucesso de público e crítica na França em 2005. A adaptação brasileira é divertidíssima e fica em cartaz até 23 de novembro.
sexta-feira, 10 de outubro de 2008

a estréia solo de Grampá

A estréia de Rafael Grampá em vôo solo pelo universo dos quadrinhos é empolgante e, ao mesmo tempo, cruel. Ganhador do prêmio Eisner, ao lado dos gêmeos Fábio Moon e Gabriel Bá, com a antologia independente 5, Grampá lança este mês Mesmo Delivery (Ed. Desiderata, 48 págs, R$ 39,90), que narra a sinistra história de uma empresa de carregamentos.

Influenciado pelos western spaghetti, de Sergio Leone, ou pelas séries de ficção, como a americana Além da Imaginação, o ilustrador monta um cenário violento e sombrio, em cores quase monocromáticas. Os quadros de ângulos improváveis, que parecem estar em constante movimento, assim como a riqueza de detalhes dos cenários, são um atrativo à parte.

Para ilustrar uma passagem de tempo, Grampá faz uso de cartazes de propagandas, como quando o intervalo comercial interrompe um filme em uma cena de decisão. Nota-se no caldeirão de influências um quê de Robert Rodriguez e Quentin Tarantino, seja nos diálogos ou na maneira como tratar a violência. Ainda sim, Mesmo Delivery mantém a originalidade e a surpresa de uma encomenda inesperada.
quinta-feira, 9 de outubro de 2008

michelangelo didático


Busto de Bruto

Quando uma obra recebe tamanha importância, a ponto de tornar-se patrimônio da humanidade, dificilmente ela será vista fora de seu lugar de origem. Para isso, faz-se uso de réplicas. O Museu Brasileiro da Escultura (MuBE), em São Paulo, traz ao Brasil a inédita Michelangelo em Contexto, uma grandiosa exposição que reúne 25 grandes esculturas em gesso do gênio renascentista italiano.

As estátuas, preparadas com base nos moldes originais, especialmente para o Brasil, possuem selo de autenticação da Gipsoteca Dell’Istituto Statale d’Arte, de Florença, e foram motivo de longa espera por parte do Museu. “Demoramos cerca de dois anos para conseguir completar as negociações entre os dois países. Mas entende-se essa burocracia e complexidade quando se trata de Michelangelo”, diz Jorge Landmann, diretor do Museu.

Réplicas não menos especiais, as esculturas recebem tratamento vip no Brasil. Para preservar a exposição, que custou cerca de R$ 1,5 milhão a patrocinadores, foi montado um exclusivo sistema de vigilância e iluminação dentro do Museu paulistano. “É uma mostra histórica”, diz Landmann. Entre as 25 peças, estão obras ímpares como Davi, Pietà Rondanini e Busto de Bruto. Personagens esculpidos a extrema perfeição que, como conta a história, só faltam falar.



Apesar de dedicar-se amplamente à escultura e à pintura, o artista que libertava as figuras do mármore nunca abandonou o lápis. Dois de seus valiosos desenhos originais - Madonna col Bambino, de 1525, e Nudo di Schiena, de 1504/1505 – foram cedidos pela Fondazione Casa Buonarotti e nunca saíram da Itália.


Os especialistas italianos Patrizia Pietrogrande e Eugênio Martera, responsáveis pela curadoria da mostra, ao lado de Jacob Klintowitz, curador geral do MuBE, optaram por fazer um panorama didático das artes no período antes e depois de Michelangelo, dividindo a exposição em partes. Uma delas, traz obras de artistas contemporâneos ao italiano, como Jacopo della Quércia e Andréa Verrocchio. Em outra, é a vez dos alunos do mestre, como Gian Bernini e Vicenzo Danti, terem seu destaque. Completando a mostra, dez grandes painéis de fotografias mostram outras importantes esculturas de Michelangelo. As imagens são de autoria de Aurélio Amendola, também italiano, que dedicou boa parte de sua carreira a documentação das esculturas do artista.

“Expor as obras de Michelangelo, de seus alunos e contemporâneos, tem significações importantes para nós”, diz Jacob Klintowitz. “Uma delas é servir à São Paulo a presença de um grande artista e sua época. Trazemos à cidade uma carga máxima de informação estética e humanística”, completa o curador.


Nudo di Schiena, de 1504/1505
sexta-feira, 3 de outubro de 2008

insetos gigantes de regina silveira


As pragas do cotidiano, no jantar

Depois de passar por Brasília e Belo Horizonte, o projeto Mundus Admirabilis, da artista plástica Regina Silveira, chega a São Paulo na Galeria Brito Cimino. A exposição Mundos Admirabilis e Outras Pragas, em cartaz a partir da terça-feira 7, é uma reunião de treze obras que, inspiradas nas antigas pragas bíblicas, sugerem a reflexão sobre os dias atuais.

Animais daninhos - baratas, besouros e minhocas – estão presentes em boa parte da série. Na entrada da galeria, grandes adesivos de vinil tomam as paredes e o chão, convidando o visitante a adentrar em uma fauna desconfortável. Na instalação Rerum Naturae, sobre uma mesa, eles tomam conta da toalha, bordada a ponto cruz, assim como grudam nos copos, pratos e talheres. “A invenção poética aqui é a criação de metáforas visuais para transpor e atualizar os vaticínios bíblicos, em alusão às pragas de nossos tempos”, diz a artista.

Para trabalhar além do visual, Regina Silveira faz uso de sons perturbadores para completar a viagem sensorial do visitante. Na peça Fabula, um grande ovo negro emite sons de mosquitos e helicópteros, enquanto em Per Capita sons de tiros são coordenados com luzes faiscantes. Para a artista gaúcha, as obras têm significados abertos e vida independente. Cabe ao visitante, interpretar como as essas pragas assolam o cotidiano atual, seja no âmbito social, cultural ou político.

foto: João Musa
quinta-feira, 2 de outubro de 2008

aaaaaahhh!

Do G1:
Baixista diz que a banda ficou esgotada em sua última turnê.'Estávamos precisando ficar longe de tudo', conta Flea.
Puuutz! Justo agora que eu estava sentindo que eles viriam ao Brasil!
Tô mals de telepatia.. :/
quarta-feira, 1 de outubro de 2008

only by the night - kings of leon

O CD novo do Kings of Leon acabou de sair do forno e percebo que gerou uma certa polêmica! Pelo menos entre eu e meus amigos... rs

Uns dizem gostar, outros acham que é fraco. Eu sou suspeita e enfática: o disco é muito bom! Only by the Night é o quarto cd da banda e lançado sem delongas. O disco anterior e meu preferido, Because of the Times, mal completou um ano de vida.

É fato que ambos são bem parecidos. A sonoridade atual da banda parece se distanciar daquela apresentada lá em 2003, com Youth and Young Manhood, o primeiro disco. Mas isso não significa que eles estejam perdendo a mão. Ao contrário, vejo nos últimos discos o reflexo de uma maturidade necessária.

Abrindo o álbum, Closer é sombria e enigmática. Já o single, Sex on Fire, é uma ótima música para apresentar o disco e talvez seja uma das que mais se aproxime do Kings de outrora. A balada Revelry e as ótimas Use Somebody, 17 e Notion são imperdíveis.