quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Releituras de Miró

LOS 24 ESCALONES Y JOAN MIRÓ
Museu Nacional da República, Brasília
De 29 de setembro a 25 de novembro


A obra do artista catalão Joan Miró (1893 – 1983) chega ao Brasil com uma proposta de diálogo entre seu legado a produção de novos artistas espanhóis. Na mostra Los 24 Escalones y Joan Miró, em cartaz a partir do dia 29 em Brasília, são apresentadas 18 obras do artista, vindas da Fundação Joan Miró, de Barcelona. Em contrapartida, cinco jovens artistas de lá apresentam suas peças inspiradas na produção do mestre.

O nome da mostra faz alusão ao próprio ambiente da Fundação. Vinte e quatro é o número de degraus que ligam o espaço expositivo ao laboratório Espai 13. É neste laboratório, concebido pelo próprio artista originalmente em 1975, que são realizados e difundidos novos experimentos da arte contemporânea. Como uma espécie de centro de especialização, o espaço aceita propostas e recebe artistas para desenvolvimento de seus primeiros trabalhos.

Javier Arce, Raúl Belinchón, Diana Larrea, Abigail Lazkoz e Juan López formam o grupo que participou de um ciclo de exposições que lembrou os 25 anos de morte de Miró. Para isso, visitaram ambientes particulares do artista na Fundação, onde geralmente os visitantes não tem acesso. Agora, foram selecionados pelo curador Jorge Díez para compor a mostra no Brasil com instalações, vídeos e gravuras que pouco remetem ao surrealismo ou ao dadaísmo, movimentos que inspiraram a obra do artista catalão.
Apesar da proposta de diálogo, é o acervo de Miró que mais chama atenção do visitante. Além das 18 pinturas, litografias e esculturas, filmes e livros complementam a exposição do artista intuitivo que, longe de ser tradicional, criou cenas oníricas e paisagens imaginárias. Simbologias e temas recorrentes em sua trajetória são vistos em obras como Mujer (1969), Personaje en la noche (1974) e Dos aves de presa (1973), expostas em Brasília.

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