quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

persépolis


Marjane Satrapi era bisneta de um antigo rei da Pérsia. Fora criada em uma família moderna e politizada, estudava em escolas francesas no Irã. Aos dez anos de idade começou a viver em um turbilhão. Observou de perto a revolução islâmica, acompanhou a chegada dos extremistas ao poder. Foi obrigada a usar o véu, a se separar dos meninos na escola, a parar de ouvir as bandas que gostava, para mais tarde vivenciar a guerra de perto.

Esse enredo é o começo da grafic novel autobiográfica Persépolis (Cia. das Letras), escrita originalmente em francês. Nos quatro volumes que compõem a série, Marjane narra o começo da revolução ainda na infância, sua adolescência fora do país e a volta à terra natal quando já adulta. A narrativa tocante foi a maneira que Marjane encontrou para explicar a seus amigos estrangeiros como era sua vida antes da ida à Europa.

Best-seller, virou filme. A adaptação (já premiadíssima) de sua história para o cinema teve uma breve passagem por aqui na Mostra de São Paulo desse ano. Mas chega às telas brasileiras oficialmente ano que vem. O trailer acima (clique na imagem para ir ao YouTube) mostra as principais passagens, incluindo uma cena divertida de espanto com um botton do Michael Jackson. Já na figura ao lado (clique para ampliar), uma das passagens tristes, quando ela descobre que sua vizinha foi vítima de um ataque.

A história é fantástica, sua relação com a vida, a família e a coragem de não abandonar seus costumes fazem dessa narrativa um passatempo delicioso, daquelas que não dá vontade de parar de ler.

p.s.- cada volume em português custa em média 30 reais, mas a Cia das Letras lançou há pouco tempo uma compilação com os 4 volumes juntos por R$ 39. Ótimo, né?

2 comentários:

Anônimo disse...

Cá, mais um filme que eu perdi da mostra!!!Adorei o post!
Beijos

Anônimo disse...

Oi Mila,

Gostei bastante deste post,tive a oportunidade de passar os olhos rapidamente no seu livro e me comoveu toda a trajetoria da protagonista,mesmo longe de casa, vivendo,assimilando habitos franceses,nunca perdeu seu elo com sua raiz.Fez disso uma bela historia. bjos katia