sexta-feira, 17 de outubro de 2008

álvaro siza em dupla homenagem


Às margens do rio Guaíba, em Porto Alegre, Álvaro Siza trouxe o Guggenheim para o Brasil. Ou quase isso. Ispirado pelo museu de Nova York, o renomado arquiteto português, hoje com 75 anos, projetou os mínimos detalhes da nova sede da Fundação Iberê Camargo, na capital gaúcha. Não só as belas linhas e curvas horizontais que moldam o prédio ou os corredores labirínticos, e quase claustrofóbicos, que ligam as grandes salas de exposição. Siza projetou ali os móveis de escritório e as placas de sinalização. Acreditem, as lixeiras e os porta-canetas também.

Primor que o fez levar pra casa o Leão de Ouro, na 8ª Bienal de Arquitetura de Veneza, em 2002. Com a sede inaugurada, desde maio deste ano, seu criador recebe dupla homenagem. Em parceria com a instituição, a editora Cosacnaify lança Fundação Iberê Camargo – Álvaro Siza (192 págs, R$ 85), uma compilação sobre a história do projeto, do papel à realização, com fotografias, plantas e textos, organizados por Flávio Kiefer. “A inauguração da sede é um desses acontecimentos em que o prazer e a emoção de desfrutar duas obras primas conjugadas – a pintura de Iberê Camargo e a arquitetura de Álvaro Siza – encobrem a lembrança de que há muito pouco tempo Porto Alegre vivia uma realidade completamente diferente”, diz o organizador, na apresentação do volume.

Enquanto isso, em São Paulo, o arquiteto é tema da exposição Modern Redux, em cartaz desde a quinta-feira 16, no Instituto Tomie Ohtake. Sob curadoria de Jorge Figueira, a mostra enfoca as mais recentes produções de Siza e apresenta 12 importantes projetos por meio de maquetes, desenhos e fotos.

Interior da Fundação, em Porto Alegre. (Foto: Leonardo Finotti)

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