terça-feira, 11 de março de 2008

a dor de kahlo



Sim, estamos longe, mas o registro é válido.

A partir desse mês o Philadelphia Museum of Art recebe parte da obra da artista mexicana Frida Kahlo, além de centenas de fotografias que ajudam a contar a história dessa sofredora das artes. Frida era intensa. Não sofria como nós, simples mortais. Sofria em dobro, em triplo. Amava também. Sempre em proporções maiores que o resto de todos.

Depois de um acidente de carro que quase a levou a morte, Frida passou por mais de 30 intervenções cirúrgicas ao longo da vida, nenhuma delas teve o sucesso esperado. Na tela "Coluna Quebrada", de 1944, ela se mostra espetada por pequenos pregos, com o corpo cortado ao meio, envolto em um colete branco, rosto cheio de lágrimas. Um exagero, mas não quando falamos de Frida.

Sua arte foi pouco admirada na primeira metade do século passado. Só depois, com a ascensão do feminismo e da liberdade sexual ela passou a ser melhor compreendida. Já era um pouco tarde, ela não saboreou em vida o sucesso. Em 54, foi encontrada morta e, ainda hoje, há dúvidas. Holland Cotter, do NY Times, fala que por meio de suas pinturas, conseguimos viajar por sua vida, "um caminho iluminado de grandes emoções e, ao mesmo tempo, uma Via Crucis de dor física, paixão e amor".

Lá em cima: "Eu e meus papagaios" (1941)


Frida (à esquerda de terno) posa com a família em 1926


A dor em "Coluna Quebrada", de 1944


No atelier, sem data

1 comentários:

Anônimo disse...

Pena ser na Philadelfia a expor a obra desta artista biografica que pintou sua dor em cada trabalho.
Linda materia.