sábado, 20 de fevereiro de 2010

aquarelas de Charles Landseer


Um dos sete filhos sobreviventes do gravador John Landseer, o inglês Charles Landseer veio de uma família de artistas. Além do pai, que lhe ensinou o ofício, os irmãos também eram ligados às artes plásticas. Em 1825, então com 26 anos e já formado na britânica Royal Academy of Arts, Charles Landseer integra a missão diplomática do embaixador Charles Stuart e aporta no Brasil, onde fica por cerca de um ano.

Quase 180 desenhos e aquarelas desta época, preciosas como as de Jean-Baptiste Debret, pertencem hoje ao Instituto Moreira Salles, que abre exposição no Rio de Janeiro e lança extensa edição bilíngüe sobre o artista, intituladas Charles Landseer: desenhos e aquarelas de Portugal e do Brasil – 1825-1826 e organizadas por Leslie Bethell. Livro e exposição dividem a obra do artista por períodos, desde sua saída da Inglaterra, passando por Lisboa e a chegada ao Brasil. Ainda na capital portuguesa, registrou rostos de passantes nas ruas e fez retratos de Dom João VI, a maioria com lápis ou carvão sob papel.

Durante o período em que esteve no Brasil, Landseer viajou por São Paulo, Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro, onde observou costumes e pessoas, mas pintou principalmente paisagens, sobretudo cariocas. Aqui aproveitou o uso da aquarela para registrar também espécies botânicas nativas. Ao chegar no Brasil, era jovem e inexperiente. De volta ao país de origem, tornou-se o principal instrutor da Royal Academy of Arts.

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