segunda-feira, 9 de junho de 2008

arquitetura do medo


As grandes capitais marcadas pela violência e o medo, que levam a população a se esconder atrás de cercas de proteção, são o tema da exposição Arquitetura do Medo, do fotógrafo baiano André Gardenberg. Recebida pela Pinacoteca de São Paulo, desde sábado, a exposição reúne 80 imagens onde o fotógrafo registra as modificações estéticas provocadas pelo medo nas grandes cidades como Rio de Janeiro, Recife e Salvador.

São grades de proteção, câmeras de circuito interno, guarda-costas particulares e arames pontiagudos integrados à vida do cidadão, que, sem perceber, virou refém de sua própria segurança. No catálogo, o curador Diógenes Moura apresenta o trabalho de Gardenberg com um misto de prosa e poesia: “Arquitetura do Medo é uma série de silêncio que explode e invade. Eis aqui, a cidade líquida e interrompida escorre, olha para si mesmo e não sabe onde está”.

Esta é a segunda parte de uma trilogia que busca refletir sobre a existência humana no mundo contemporâneo. Em 2001, o fotógrafo lançou a Arquitetura do Tempo, sua visão sobre o envelhecimento e o conflito entre vida e morte.

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