terça-feira, 24 de junho de 2008

o cinema vai a biblioteca


O projeto Bibliotecas Temáticas, criado pela Prefeitura de São Paulo em 2006, transforma as tradicionais unidades públicas em espaços para pesquisas e consultas específicas. A Biblioteca Roberto Santos, no bairro do Ipiranga, é a mais recente empreitada. Após uma reforma, na qual foram investidos cerca de R$ 160 mil, o espaço passa a se dedicar ao cinema com um belo acervo bibliográfico e audiovisual.

São cerca de 400 livros e 502 títulos cinematográficos, além de revistas e jornais sobre o tema. O antigo auditório foi transformado em uma sala de projeção, com capacidade para 100 pessoas, que mantém programação voltada para a apresentação de filmes nacionais. A obra do próprio Roberto Santos inaugura a sala. Seus filmes, como As Cariocas (1966) e A Hora e a vez de Augusto Matraga (1965) estão na agenda de junho. Entre os títulos de DVD, o leque é grande. Dos clássicos americanos e europeus às recentes animações em 3D, o visitante pode escolher com calma seu filme e assistir em uma cabine separada, com tevê e fones de ouvido.

O viés temático se estende também ao prédio. Logo na entrada, uma linha do tempo reconta, em um grande mural, a história do cinema desde o invento dos irmãos Lumière até o brasileiro Cidade de Deus (2002). Cadeiras de madeira e tecido, aquelas típicas de diretor, enfeitam o hall de entrada e os corredores, a lado de equipamentos antigos de filmagem. As paredes são tomadas por grandes postêrs e as placas de orientações são claquetes. O acervo original da biblioteca, com cerca de 30 mil títulos gerais, permanece disponível em uma sala separada. Essa é a quinta biblioteca temática da cidade. Poesia, música e cultura popular e até contos de fadas, já possuem as próprias unidades.

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