Agora, a quadinista volta às livrarias para contar uma outra história, não tão particular, mas também nem tão distante. Em Frango com Ameixas (Cia das Letras, 88 págs, R$ 32), o protagonista é Nasser Ali, seu tio avô. Músico, pai de quatro filhos e infeliz.
Após uma briga conjugal, sua esposa quebra ao meio seu tar, instrumento persa semelhante a um violão, presente de um antigo mestre. Sem conseguir achar um instrumento de igual qualidade e negando-se a extrair notas de qualquer pedaço de madeira, Nasser não enxerga mais propósito na vida. Encurralado em seu quarto, repensa sua trajetória enquanto percebe que talvez não tenha tomado o caminho certo. E então, decide morrer. É quando o leitor descobre o que se passou na cabeça e na vida desse homem, durante os oito dias que ficou em casa, esperando a morte.
A narrativa de Frango com Ameixas segue a mesma linha emocional de Persépolis, uma mistura agridoce de emoções combinadas com o simples, quase feio - ops, desculpa dizer - traço de Marjane. A auto-exposição é um atrativo nesse tipo de HQ, ainda mais quando se tem uma família tão peculiar. Mas acima de tudo, o que encanta em Marjane é o saber contar uma boa história.
1 comentários:
mto massa.. uma bela coletanea de assuntos muy bacanas ;)bj!
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