terça-feira, 30 de setembro de 2008

com mil raios e trovões!


Como diria Capitão Haddock, "Com mil raios e trovões!". Vocês viram que a Universal desistiu do projeto milionário de transformar a série Tin Tim em filme? A notícia é da semana passada, mas só fiquei sabendo agora.

O próximo passo de Steven Spilberg e Peter Jackson, dupla responsável pela adaptação dos quadrinhos de Hergé para o cinema, é procurar alguma outra fonte financiadora. O projeto tem orçamento estimado em 130 milhões de dólares e ninguém tira da minha cabeça que esses senhores não vão saber aplicar esse dinheiro! Como fã dos quadrinhos e da série fielmente adaptada para tevê, tenho medo do que os milhares de efeitos especiais podem causar na história.

A escolha do garoto Thomas Sangster para o papel principal também me parece um pouco equivocada. Ele é simpático e bom ator, mas tem apenas 17 anos! Se o projeto se confirmar mesmo como uma trilogia, há boas chances de ele despontar de vez para o sucesso, tipo David Hadcliffe, do Harry Potter.

Há ainda a expectativa quanto aos episódios escolhidos. Mas tenho minhas apostas! Acho que O Cetro de Ottokar, As Jóias da Castafiore e As Sete Bolas de Cristal dariam ótimas adaptações! Sem contar os episódios de viagem à Lua, O Tesouro de Rackham, o Terrível e Tin Tim no País do Outro Negro!

Díficil escolha!! Agora é esperar as cenas dos próximos capítulos.

Já falamos de TinTim aqui, aqui e aqui!

retratos falantes de paulo fridman



Em 1999, o fotógrafo Paulo Fridman iniciou o projeto Retratos Falantes, que agora ganha sua versão em livro (DBA, 132 págs, R$ 52). Munido de câmera e papel nas mãos, saiu às ruas perguntando a quem cruzava seu caminho: Quem é você? O Que pensa do futuro do Brasil? Qual é seu sonho? Durante os quase dez anos que se dedicou a esta experiência, colecionou 300 personagens, ávidos por contarem um pouco de si e sua história.

Nas fotografias, a caligrafia de cada um deles, com opiniões ou desabafos, sobrepõe rostos e gestos. Assim, Fridman ajuda a fazer um retrato da população brasileira. A série hoje faz parte dos acervos da Library of Congress, em Washington, e do Museu de Arte Moderna, em São Paulo.
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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

prontuário 666

Antes de começar esse post quero agradecer a galera pelos comentários fofos e votos de felicidades! Adorei de verdade! E para aqueles que reclamaram que eu só falo de artes plásticas (né, Cá? rs), resolvi postar sobre uma das HQ's mais bacanas dos últimos meses.

Foi lançado, em agosto, o Prontuário 666 - Os anos de cárcere do Zé do Caixão (Ed. Conrad, 120 págs, R$ 24) e estou pra falar dele desde aquela época, quando fiz a matéria sobre o filme do Mojica. O livro foi lançado junto com o Encarnação do Demônio, a última parte da trilogia, como uma das estratégias para reforçar a presença do Mojica no mercado e atrair ainda mais gente aos cinemas.

(mais detalhes sobre isso, na matéria aqui)

Mas o exemplar vai além da bela jogada de marketing. Tanto para os fãs de Mojica, quanto para os fãs de HQ's. Com traços de Samuel Casal e roteiro dele e Adriana Brunstein, Prontuário 666 narra a história do Zé do Caixão em seus anos na prisão (ele foi preso no final do segundo filme) e sua eterna busca pela mulher superior. E digo mais, o personagem está muito, mas muito, cruel. O traço de Casal criou um Josefel Zatanas sombrio, de unhas afiadíssimas e ar expressionista. No enredo, muito sangue, horror e paranóia. Só achei que algumas imagens, de tão informativas, chegam a ficar confusas. Mas nada que atrapalhe a obra.

No final, um encarte bem bacana traz o personagem desenhado por outros grandes cartunistas, como Laerte e Marcatti. Nesse link aqui, dá pra ler um trecho e ver os detalhes em alta resolução (não é pirataria, tá? é o site da editora mesmo.. rs). E o preço de tabela é 24, mas já vi no submarino por 18! Vale o investimento!

E pra finalizar, eu e o Mojica! hehe


Tirei essa foto quando fui entrevistá-lo em Agosto. Ele é uma figura!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

um ano de blog!

Como eu costumo dizer... Cheers!

Quase não percebi que essa data tinha chegado! Pois bem, em setembro faz um ano que comecei a fazer esse blog. No começo, me servia como um simples arquivo pessoal, para eu guardar os textos que fazia para a revista. Mas acabou se tornando mais que um passatempo. Ou melhor, um passatempo mais sério.


Apesar de não dedicar tanto tempo e esforço a este estimado lugar quanto eu gostaria, reconheço que ele tem crescido discretamente. Neste um ano muita coisa passou. Mudei de cargo na revista, e com isso, tive mais tempo e oportunidade para escrever sobre as coisas que gosto. Desde maio, passei a contar as visitas. E, de lá pra cá, ficou mais fácil contabilizar. Fico feliz de ver os números aumentando, já que o blog é pouco divulgado. Então, agradeço à vcs, amigos, que sempre vem me visitar.

É legal ver que, graças ao Google, alguns posts lá do comecinho ainda são super acessados. E acho que o bacana de se falar sobre cultura é exatamente porque ela é atemporal. Não importa se uma exposição já foi encerrada ou um filme já saiu de cartaz. O que interessa é que mesmo assim ainda podemos pesquisar, conhecer e reviver. Espero que no próximo ano consiga manter, e aumentar, o ritmo por aqui. E espero também que vcs continuem me acompanhando daí!

Beijos!

novo romance de lourenço mutarelli

Júnior é um quarentão que, após ser duplamente traído, desfaz seu casamento, perde o emprego e volta a morar com o pai. Sentindo-se mais inferior que uma barata, a seu ver o mais repugnante dos insetos, divide o tempo entre dormir no sofá, beber em um bar e ouvir o pai discursar sobre as maravilhas causadas pelos remédios que combatem a impotência.

Júnior é o personagem central de A arte de produzir efeito sem causa (Companhia das Letras, 216 págs, R$ 39,50), novo romance de Lourenço Mutarelli, autor dos já conhecidos O Cheiro do Ralo (2002) e Jesus Kid (2004). Neste livro também se fazem presentes a paranóia, a depressão e a mistura de realidade com fantasia, características de boa parte de sua obra anterior . Desta vez, andam juntas e personificadas na figura do personagem central.

Ao receber estranhos pacotes pelo correio, Júnior tenta decifrar enigmas com a ajuda de Bruna, a inquilina do quarto ao lado, a quem o pai observa por um buraco na parede. Mas nem a excitação de uma possível descoberta o impede de mergulhar cada vez mais numa espiral de estranhas emoções. Ao leitor, resta acompanhar a saga de Júnior, curiosa, trágica e envolvente, sem a pretensão de entender o que de fato se passa em sua cabeça. E como sofre, o coitado.
quinta-feira, 18 de setembro de 2008

jorge guinle na fundação iberê



Dando continuidade ao ciclo de exposições que comemoram a inauguração da nova sede, a Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, recebe Jorge Guinle – Belo Caos, aberta ao público desde a última quarta-feira 10. A trajetória do artista carioca é refeita por meio da exibição de 33 pinturas e 20 desenhos, espalhados por dois andares da Fundação.

Suas telas coloridas, influenciadas pelo action paiting norte-americano, foram marcantes principalmente na década de 1980, quando Guinle optou por assumir a arte como profissão.
A idéia é fazer um apanhado geral da obra do artista, sem separações por temas ou cronologia. “Todo o conjunto de Guinle foi produzido num ímpeto só. Existem momentos distintos, mas são parte de um todo indivisível”, diz Ronaldo Brito, amigo de juventude, que assina a curadoria da mostra ao lado de Vanda Klabin.

A exposição é a primeira retrospectiva do artista no Brasil, desde a sua morte, em 1987. “É lamentável que tenha demorado tanto tempo. Por outro lado, valeu a pena esperar, já que é um privilégio exibir a obra de Guinle no prédio desenhado por Álvaro Siza e ainda poder dialogar diretamente com a obra de Iberê”, diz o curador referindo-se à nova sede da Fundação e seu acervo.
Para Brito, as largas paredes da nova sede, que fica às margens do rio Guaíba, cartão-postal da cidade, são o lugar ideal para expor a obra do artista carioca. "Jorge acreditava na colocação pública da pintura, pregava o antiintimismo. O local é o mais apropriado para o trabalho respirar. Aqui, o colorista endiabrado contrasta com o sóbrio Iberê, diz.



Já falei outras vezes (aqui e aqui) sobre a Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre. Não quero soar repetitiva, mas o lugar é realmente lindo. Ver o pôr do sol na janela do segundo andar, caminhar na beira do Guaíba e tomar um café no térreo também fazem parte do programa!
terça-feira, 16 de setembro de 2008

novos lances decisivos


VIK MUNIZ Pictures of Diamond: Catherine Deneuve
150 x 120 cm
Último lance R$ 270.000,00

Sentado nas primeiras fileiras do 1º Leilão de Fotografia, organizado no sábado 6, em São Paulo, um senhor acompanha a exibição das peças por meio de uma apresentação de slides na parede. Ao fazer seu lance e perceber, minutos depois, que arrematou o lote cobiçado, vira-se para trás. Triunfante, com um discreto “soquinho” no ar, diz aos amigos “É meu!”.

A aura de fetiche que envolve os leilões de arte aos poucos começa a envolver também o mercado de fotografia. Sob responsabilidade da Bolsa de Arte de São Paulo, o leilão ocorrido no penúltimo fim de semana foi o primeiro do Brasil sem fins beneficentes, dirigido essencialmente a colecionadores. Um indício de que o mercado de fotografia se expande para além dos museus e galerias.

Eufóricos, organizadores e convidados comemoravam a venda de mais de 80% das 186 peças apresentadas. Entre os compradores reunidos em uma galera da rica Rua Oscar Freire paulistana, havia senhores de ar clássico e jovens casais que refletiam sobre a decoração de suas salas de estar. Um público de colecionadores e curiosos ecléticos, empenhados em buscar não só raridades, mas sim, objetos de decoração. “A procura tende a seguir a originalidade e a estética. A beleza continua sendo importante na de definir o preço, assim como nas artes plásticas”, diz Jones Bergamin, diretor da Bolsa de Arte há 23 anos.

Para Bergamin, a fotografia ainda deixa os colecionadores mais tradicionais com o pé atrás. A fácil reprodutibilidade de imagem é um problema para quem busca o objeto exclusivo. Até a ampliação emoldurada em vidro pode incomodar. “Falta mudar o olhar dos colecionadores", diz Bergamin. "Eles precisam saber que uma tela e uma foto têm o mesmo status, o de obra de arte. Os colecionadores de fotografia já sabem disso, mas são poucos".

Esses colecionadores tendem a procurar nas fotos a marca das artes plásticas, seja na assinatura das peças, seja na concepção da imagem. A fotografia de rua não desperta interesse. "É pesada e documental", diz Bergamin. O lote mais caro do leilão, Pictures of Diamond: Catherine Deneuve (acima), do artista plástico paulista Vik Muniz, estava estimado entre de R$ 160 e R4 220 mil reais. Ao ser arrematado, por R$ 270 mil, fez a platéia aplaudir e o barulho de cochichos curiosos aumentar.

O bom momento da fotografia não se resume só ao mercado secundário. Mesmo longe dos leilões, o curador de fotografia da Pinacoteca de São Paulo, Diógenes Moura, concorda haver uma ebulição em início. “Vejo um momento pulsante do mercado. A fotografia brasileira tem tido respaldo dentro e fora do País, por ter muitas linguagens e qualidades. Há muito a ser percorrido, o momento é embrionário”. Para o curador, a fotografia brasileira tem frescor e potencialidade para atingir cada vez mais também o mercado internacional.

“Toda a fotografia sai ganhando no momento em que incorpora outros mercados. É um exemplo inteligente de ruptura de fronteiras entre diversas áreas da arte”, diz o fotógrafo Iatã Canabrava. O único lote de sua autoria que estava à venda no Leilão, foi arrematado por R$ 4.300, um valor 300 reais acima do estimado. “Como autor, só posso ficar feliz”, finaliza.


IATÃ CANNABRAVA Sem Título
125 x 46 cm
Último lance R$ 4.300,00
sexta-feira, 12 de setembro de 2008

forth - a volta do the verve

Depois de dez anos, o álbum Forth marca a volta de um dos mais comentados grupos ingleses da década de 1990, o The Verve. Em 1997, ano em que lançaram o último disco, passaram por bons e maus bocados. Do álbum Urban Hymns, o estrondoso sucesso do single Bittersweet Simphony rendeu-lhes glórias e uma acusação de plágio feita por ninguém menos que Mick Jagger.

Em 2000, foi a hora de se separarem. Em Forth, o clima não é de recomeço, mas de continuidade. A banda mantém o quê depressivo, como em I See Houses, ao mesmo tempo em que apresenta boas canções dançantes, como Love is a Noise, uma reflexão sobre aos conflitos dos tempos modernos.

Em Judas, Richard Ashcrof parece cantar uma ode à retomada. Ainda agüentando firme / Você sabe que o sonho apenas começou, ele diz.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008

o traço negro de rubens


Ascensão de Maria (1624)

Guardadas a portas fechadas, em igrejas e castelos, as grandes telas do pintor alemão Peter Paul Rubens (1577 - 1640) pouco se movimentavam nos idos do século XVII. Pensando em uma forma de divulgar e transportar seus trabalhos com maior facilidade, Rubens, conhecido desde então como “gênio barroco”, passou a se dedicar também às gravuras. Menores em tamanho, porém não menos especiais em beleza e significado, estas obras eram como um espelho de seus próprios quadros. Reproduções ou reinvenções que, moldadas em diferentes técnicas, transpunham para o papel a essência de suas telas. Não raro, o artista acrescentava elementos, modificava e evoluía a composição de retratos e paisagens ao transformá-las. Cenas bíblicas e mitológicas também eram amplamente exploradas pelo artista.

A partir da quarta-feira 10, o Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro, recebe a mostra Rubens e Seu Ateliê de Gravura, que reúne 80 peças, hoje pertencentes ao Museu Siegerland, em Slegen, Alemanha. Pieter Tjabbes, que assina a curadoria ao lado de Ursula Blanchebarte, acredita haver nas gravuras uma possibilidade maior de trazer ao Brasil o melhor do artista. “Antes, acreditava-se que as pessoas tinham receio em visitar esse tipo de exposição. Hoje, sabemos que isso não é verdade. Os visitantes sentem-se atraídos pelas gravuras e comentam o que viram.”

Muitas das obras apresentadas na mostra, como as célebres A Descida da Cruz (c. 1665), Ascensão de Maria (1624) e Auto-retrato (1630), virão acompanhadas dos quadros que lhe serviram de modelo. Assim, visitante terá a possibilidade de entender e comparar a diferença de técnicas. “Pode parece fácil, mas é claro que não é. Traduzir uma obra grande e colorida para um papel menor, em preto e branco, é uma tarefa que requer muito talento. Essa era a maestria de Rubens”, diz Tjabbes.

Além de transpor luz, sombras e contrastes ao traço preto, as gravuras de Rubens entraram para a história também por motivos mercadológicos. O sucesso das reproduções foi tamanho que fez com que seu nome corresse a Europa. “Uma das funções das gravuras era o próprio marketing do artista. O público em geral não tinha condições de adquirir uma tela. A saída era colecionar gravuras. Isso aumentou sua fala como artista e ajudou a estabelecer sua fama”, completa Tjabbes.

O marketing rendeu-lhe privilégios. Rubens foi o primeiro artista a obter a proteção do direito autoral, o que lhe que permitiu reproduzir as próprias telas com exclusividade. No Centro Cultural Correios, o visitante poderá também acompanhar a trajetória do artista por meio de textos explicativos e assistir a um documentário sobre sua vida, intitulado Peter Paul Rubens, de Anton Stevens.

Auto Retrato (1630)

A descida da Cruz (c.1665)
segunda-feira, 8 de setembro de 2008

segall na festa modernista

A relação do pintor lituano Lasar Segall (1891 - 1957) com a elite paulistana, principal financiadora da arte nas décadas de 1920 e 1930, é bem explorada no recém lançado Lasar Segall: arte em sociedade (Cosacnaify, 272 págs, R$ 42), do sociólogo Fernando Antonio Pinheiro.

A convivência com diferentes tipos da sociedade, de barões de café a artistas modernistas, fez com que Segall escolhesse, em 1923, mudar-se definitivamente para o País e tornar-se cidadão brasileiro. As entranhas dessa história, assim como a relação do artista com o escritor Mário de Andrade, revelam também uma faceta menos conhecida do pintor. Como decorador, Segall produziu, na década de 30, cenografias para grandes festas da Sociedade Pró-Arte Moderna (SPAM).

Eram painéis que representavam a convergência que iria mudar o estilo do artista. Neles, o expressionismo, característica dos primeiros trabalhos do pintor, encontrava-se com o modernismo, na época vigente na capital paulista. Baseado no pensamento de Immanuel Kant, o sociólogo busca explicar como o ambiente paulistano influenciou a produção de Segall. Boa parte da obra do artista pode ser vista na mostra Navio de Emigrantes, em São Paulo, em cartaz até fevereiro de 2009 no Museu Lasar Segall.
segunda-feira, 1 de setembro de 2008

300% spanish design


Imagina que luxo ter um conjunto de cadeiras assinado por ninguém menos que Gaudí na sua sala de jantar? Nós, simples mortais, não podemos nem pensar nisso... Mas o Joseph Llimona tinha. Chique! A nós, resta apreciar.

Uma grande coleção de móveis, luminárias e outros objetos de decoração produzidos por importantes artistas espanhóis chega ao Brasil, a partir de 4 de setembro (quinta-feira agora). A exposição 300% Spanish Design, tomará três andares do SESC Avenida Paulista, em São Paulo, com peças assinadas por Salvador Dalí, Joan Miró, Pablo Picasso e outros expoentes da arte contemporânea espanhola.

As 300 peças, que já passaram por Lisboa, Atenas, Shangai e Pequim, ficam expostas até janeiro. O curador Juli Capella, arquiteto e designer catalão, mudou o formato da exposição no Brasil. Além das peças antigas, produzidas em sua maioria no século XX, foram incluídas na curadoria objetos do novo design espanhol ao lado de recentes achados históricos.