segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

che em quadrinhos


Três meses após a morte de Che Guevara, em 1968, era lançada na Argentina a biografia em quadrinhos La Vida del Che, do roteirista Hector Oesterheld. Ilustrado a quatro mãos pelos uruguaios Alberto e Enrique Breccia, o livro teve, na época, trajetória tão conturbada quanto a de seu próprio protagonista.

A editora responsável pelo projeto, invadida misteriosamente, teve todo o estoque da obra seqüestrado e destruído. Anos depois, o livro viria a ser proibido, o que lhe deu ainda mais prestígio. Em 1977, Oesterheld, suas quatro filhas e dois genros desapareceram, vítimas do regime militar.

Só agora o livro recebe edição em português, intitulada Che – Os Últimos Dias de um Herói (Ed. Conrad, 96 págs, R$ 34,90). O livro narra, sucintamente, a trajetória do revolucionário desde a infância, passando pelo inicio da carreira médica e os primeiros contatos políticos.

Os desenhos em preto e branco dos Breccia, pai e filho, são ora silhuetas, ora borrões, que deixam o leitor livre para imaginar seu próprio cenário. Não à toa, as imagens tornam-se cada vez mais escuras à medida que a história de Che vai chegando ao fim. “A história dos quadrinhos é dividida em duas épocas: a que vem antes e a que vem depois de Alberto Breccia”, disse certa vez Frank Miller, quadrinista americano responsável por Sin City e 300.

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