quarta-feira, 22 de abril de 2009

budapeste, o filme, também é pálido


As atenções voltam-se para Chico Buarque durante este mês. Budapeste, seu romance publicado em 2003, chega aos cinemas hoje, praticamente ao mesmo tempo em que as livrarias recebem seu novo livro.

Nos primeiros minutos do filme, o protagonista José Costa (Leonardo Medeiros) revela sua percepção sobre a cidade húngara, que não é cinza, mas amarela. O longa-metragem, dirigido por Walter Carvalho, também é pálido. Medeiros dá vida a um ghost-writer que aterrissa por acaso em Budapeste trazendo na bagagem infelicidade e dúvida. O encantamento com a língua e o lugar aflora quando conhece Kriska (Gabriella Hármoni), com passa a dividir a vida, durante a curta estadia. Mas a paixão parece não convencer o espectador e Costa ainda aparenta estar infeliz, como quando deixou a mulher (Giovana Antonelli) e o filho, no Brasil.

A vasta experiência de Walter Carvalho como diretor de fotografia (em filmes como Central do Brasil e Carandiru) rende bonitas paisagens, como a que o protagonista se depara em sua chegada à cidade, quando uma enorme estátua do líder soviético Lênin atravessa seu caminho flutuando sobre o Rio Danúbio num cargueiro. O ator Paulo José, na pele de um advogado de tipo excêntrico, acaba por roubar a cena em seus cinco minutos de aparição.

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